segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cambará do Sul, a cidade dos cânions



Cambará do Sul, na divisa dos estados Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é conhecida como a cidade dos cânions em função de sua proximidade à região dos Aparados da Serra. É uma das cidades de maior altitude no Brasil e onde durante o inverno a temperatura pode chegar a 8 graus negativos com ocorrência de neve. A cidade integra a rota turística Campos de Cima da Serra e como uma típica cidade de interior, conserva hábitos antigos como a reunião familiar e de amigos na cozinha, ao redor do fogão à lenha.





Considerada um santuário ecológico da Serra Gaúcha, Cambará encanta pela riqueza de seus tesouros naturais:
cânions, rios, cachoeiras, florestas de araucárias e aveludadas cordilheiras. Nas épocas frias, o pinhão na chapa é uma iguaria apreciada pelo gaúcho serrano. De Cambará chega-se ao Parque Nacional de Aparados da Serra e ao Parque Nacional de Serra Geral.





O Itaimbezinho é um cânion ou desfiladeiro situado no Parque Nacional de Aparados da Serra com uma extensão de quase 6.000 metros e 2.000 metros de largura. É o mais famoso do parque e também um dos maiores do Brasil. As paredes rochosas com uma altura de 800 metros são cobertas por vegetação baixa e pinheiros. Para quem nunca esteve à beira de um cânion, a sensação é realmente indescritível. As formações rochosas tem pelo menos 130 milhões de anos e parecem terem sido minuciosamente aparadas, daí surgindo o nome: Aparados da Serra.





O Rio Perdizes desce as paredes de rocha para formar uma cascata onde as águas caem de uma altura de 700 metros que se transformam em névoa antes de atingir o fundo do cânion. Tão impressionante quanto as cascatas, é a sensação de caminhar na borda do cânion. De um mirante pode-se ter uma visão geral do cânion e das cachoeiras.

No azulado do cânion, o Rio Boi se move entre as pedras formando uma série de cachoeiras. Quem gosta de trilhas radicais pode acompanhar o leito do rio seguindo por dentro dos paredões do canion Itaimbezinho. Embora a trilha seja longa e cansativa, com muitas pedras e diversas travessias do rio, a caminhada é premiada com ótimas piscinas para um banho gelado.








São mais de 60 cânions na região e, apesar de serem parecidos, cada um produz uma sensação diferente devido às surpresas e o fascínio que desperta. O que mais chama a atenção e surpreende pela sua magnitude é o Cânion Fortaleza, no Parque Nacional de Serra Geral. Com mais de 7.000 metros de extensão forma uma enorme fenda na terra que parece não ter fim. A Pedra do Segredo é um destaque da Fortaleza, um bloco de 5 m de altura apoiado numa estreita base. Há ainda outros cânions como Malacara, Churriado, Fortaleza, Molha Coco e Índios Coroados.



No Parque de Serra Geral não há nenhuma infra-estrutura e não é permitido acampar. O tempo na região é muito instável e além disso existe o fenômeno da viração; uma diferença de temperatura e pressão entre o litoral e a serra, faz com que as nuvens subam por dentro do cânion o que dificulta os deslocamentos nas áreas dos cânions. Quem não puder ir à área dos canions pode conhecê-lo através do Kridjimbé, uma réplica fiel dos cânions de 20 metros em exposição em Cambará do Sul. É uma verdadeira obra de arte.





A rota turística Campos de Cima da Serra na Serra gaúcha integra várias cidades: Cambará do Sul, São Francisco de
Paula, Jaquirana, São José dos Ausentes, Monte Alegre dos Campos, Pinhal da Serra, Esmeralda, Bom Jesus, Muitos Capões e Vacaria, que é a maior cidade dos Campos de Cima da Serra e destaca-se por sediar o Rodeio Crioulo Internacional. Na rota estão os lajeados dos rios Tainhas e Camisas que formam lindas cascatas, cachoeiras, corredeiras e piscinas naturais. É a região dos rodeios, dos produtores de maçãs, uvas, pêssegos e logicamente das roupas de lã feita em tricô.







Viajar por esta região é descobrir sentimentos, simbologias, conhecer a essência de um povo e envolver-se com suas
encantadoras belezas naturais. Os principais atrativos da rota é a natureza exuberante e a cultura gaúcha contada por pessoas, por paisagens, pelo vento, pelo fogo de chão, pelo sabor da típica comida gaúcha, pela hospitalidade e pelo misticismo que envolve as rodas de chimarrão. Quem visita os Campos de Cima da Serra sente-se em casa e descobre porque a tradição do gaúcho é tão forte e capaz de tornar uma região inesquecível.




5 comentários:

Fernando Santos (Chana) disse...

Excelente post....
Cumprimentos

Astrid Annabelle disse...

Muito obrigado por compartilhar Lúcia. Excelente!!!
Um beijo
Astrid Annabelle

Astrid Annabelle disse...

Muito obrigado por compartilhar Lúcia. Excelente!!!
Um beijo
Astrid Annabelle

Lucia de Belo Horizonte / MG disse...

Olá Fernando: obrigado por sua visita e por seus cumprimentos. Volte sempre. Abraço, Lucia

Lucia de Belo Horizonte / MG disse...

Olá Astrid: Obrigado por sua visita. Abração pra vc. Lucia

Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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