sábado, 21 de novembro de 2020

Arte urbana em Belo Horizonte







Quem passa por diversos pontos de Belo Horizonte se surpreende com pinturas, que distinguem grandes muros e paredes com belos traçados e cores, tornando mais belo e vivo o centro urbano. 

Esses murais surgiram durante as edições do CURA - Circuito de Arte Urbana, do qual participam artistas de diversas regiões e, por isso, com perspectivas estéticas diversas. 






Paredes cinzas e esquecidas foram transformadas em uma explosão de cores, carregando também símbolos de reivindicação cultural e social. Assim, diversos coletivos trabalham com o objetivo de melhorar a cidade por meio da arte, mas também permitir o acesso gratuito às artes.





A partir da rua Sapucaí, que se tornou o primeiro e, até então, único Mirante de Arte Urbana do mundo, é possível contemplar diversas obras do hipercentro. 

Em sua 5a. edição, existem 14 obras de arte na região do hipercentro e 4 na região do bairro Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro. 






Diversos totens indicam os locais desses magníficos trabalhos. Um deles trouxe mais cor ao Shopping Xavantes, que se traduz como uma homenagem ao povo brasileiro e aos milhares de pássaros que compõem nossa fauna. 





Outros murais, igualmente magníficos, estão no Edifício Cartacho (Rua dos Caetés 530), no Edifício Itamaraty (Rua dos Tupis 38), no Edifício Levy (Avenida Amazonas 718) no Edifício Almeida (Rua São Paulo 249). Na estação central do Metrô um mural faz homenagem à cantora Elza Soares.
 




A partir da Praça Rui Barbosa, mais conhecida como Praça da Estação, é possível ver a pintura de um enorme vestido dependurado no cabide, que encontra-se na parede cega do Hotel Amazonas Palace. 

Criada pela artista Tamara Djurovic, mais conhecida como Hyuro, ela pensou nas paletas de cores de forma a dialogar com a construção e seu entorno, tendo feito um primoroso trabalho que levou o nome de Belo Horizonte pelo mundo. 




Entre muitas das questões abordadas pela artista, destaca-se a figura da mulher, não só do seu gênero no contexto da sociedade patriarcal, mas também presa pelos preceitos e cargas impostas pelo sistema capitalista. 

Famosa por seus trabalhos no Brasil e em diversos outros países como Itália, Espanha, Bélgica, Noruega, Hyuro era considerada um dos principais nomes femininos do novo muralismo. Vencida por uma grave doença, Hyuro faleceu ontem (20/11/2020) aos 42 anos, nos deixando um importante legado na arte urbana contemporânea... 


Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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