De uma vila pobre a uma metrópole mundial, assim é a história de São Paulo. Em 1554 chegaram no Brasil os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta e junto com grupo de 12 padres fundaram um colégio no alto de uma colina entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí.
No barracão de taipa eles catequisavam os índios. Naquele dia a igreja católica celebrava a conversão do apóstolo Paulo de Tarso e por isso eles chamaram aquele pequeno vilarejo de Vila São Paulo, concentrando a população no Vale do Anhangabaú.
O vilarejo São Paulo ficava distante da Vila Santos que era junto ao mar. Havia muitos obstáculos no caminho e era difícil a subida da Serra do Mar, além de que havia uma ameaça constante de ataque dos indios. Por ser uma região muito pobre, a população não podia comprar escravos e usavam os indios para os serviços braçais.
Na Mata Atlântica estava a grande quantidade de nascentes e córregos de onde se retirava a água para os tropeiros e era colocada em cântaros. Os jarros que armazenavam a água que eram colocados em prateleiras que eram chamadas de cantareiras, lugar de guardar os cântaros, dando assim o nome à Serra da Cantareira e ao Parque da Cantareira, considerado o maior parque urbano do mundo e que até hoje fornece água potável para a grande metrópole.
Quase 300 anos depois, no local onde está o monumento do Ipiranga, foi declarada a independência do Brasil e São Paulo cresceu ao sabor das extensas plantações do café. Com a chegada de muitos imigrantes, a cidade ganhou indústrias e arranha-céus tornando-se a 6a. maior metrópole do mundo.
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo com mais de 2 milhões de imigrantes de todas as partes do mundo e do nordeste do Brasil. Uma das colônias mais marcantes da cidade é de origem árabe.
Libaneses e sírios tornaram populares no Brasil o quibe, a esfiha e outros pratos de origem árabe, tendo sido também os criadores da famosa rua 25 de março, que em sua maioria eram comerciantes árabes.
No Brás, Bixiga e Mooca está a maior comunidade italiana do Brasil. Mais de 50% dos paulistanos são de descendência ou de origem italiana, o que tornou a 2a. cidade maior consumidora de pizza do mundo com 1 milhão de pizzas por dia. E foi devido à grande quantidade de italianos em São Paulo, com seu idioma italiano e dialetos, que influenciou na forma peculiar de falar do paulistano.
São Paulo possui o maior espaço asiático dentro do Brasil. Em São Paulo está a maior comunidade japonesa fora do Japão. Na Liberdade tem-se a sensação de estar no Japão, com suas lojas, restaurantes e letreiros escritos em japonês. No Brás, está a comunidade chinesa, no Bom Retiro e Aclimação está a colônia coreana, com seus restaurantes, lojas e mercearias coreanas.
São Paulo conquistou o mundo, atraindo imigrantes que formaram outras grandes comunidades, como a comunidade de portugueses, a colônia judaica em Higienópolis, a comunidade alemã em Santo Amaro, os espanhóis e lituanos na Vila Zelina e a comunidade armênia no Imirim.
São Paulo, que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, é terra que não para, que funciona dia e noite onde circula grande parte da riqueza do Brasil. Devido à proximidade do mar, a maritimidade é responsável por evitar dias de calor intenso no verão ou de frio intenso no inverno, tornando a cidade úmida e por isso chamada "Terra da Garoa". Quem convive com São Paulo já se acostumou às oscilações de temperatura e o paulistano não se importa com o clima.
Viver em São Paulo é acostumar-se com a pressa, com os congestionamentos de transito, com os ônibus e metrôs lotados. É trabalhar e ganhar dinheiro durante a semana, porque nos feriados e finais de semana os paulistanos querem curtir praia, boa gastronomia, lazer e diversão. O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é constituído pela frase em latim "Non ducor, duco", cujo significado em português é "Não sou conduzido, conduzo"...
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