O Estado do Pará com suas belezas naturais é onde a natureza impõe sua força através de enormes rios de difícil navegação a florestas intocadas com árvores centenárias. E Belém, a capital do estado, é a porta de entrada para a região amazônica, passagem para uma floresta sem fim, um jardim secreto onde os índios Tupinambás viviam livres entre as frutas saborosas, os peixes variados, os pássaros coloridos, temperos e aromas inebriantes.
A cidade já conheceu a glória em seus 400 anos de história no período áureo da borracha. Hoje, com suas ruas cobertas de mangueiras, é conhecida como "Cidade das Mangueiras". São as árvores que ajudam a reduzir o calor de 41 graus no verão.
Uma característica marcante da cidade é a chuva que cai todos os dias, exatamente às 14h45 e por isso, as pessoas estão acostumadas a marcar os compromissos antes da chuva ou depois da chuva.
O moderno terminal fluvial é um cartão postal de Belém, onde tem bares e restaurantes, com shows em um palco deslizante. O Mercado Ver-o-peso às margens da baía do Guajará foi criado em 1688. Antes era chamado de Porto do Piri e teve seu nome alterado porque no passado era obrigatório ver o peso das mercadorias que saiam ou chegavam na Amazônia.
É no mercado que se pode encantar e comprar frutas, peixes, tapiocas e essências para curar dores do corpo e da alma. Dizem que algumas essências atraem o amor e outras curam o mal de amor. Uma das delícias do Pará são as frutas.
De sabor exótico, algumas deliciosas e outras nem tanto, encontra-se sorvetes e sucos típicos de capuaçu, bacuri, taperebá, manga paraense, biribá, camu-camu e logicamente o açai, que é a marca registrada dessa região. Do Pará são as famosas castanhas.
Não dá para comparar os sabores porque são únicos. O açai tanto é servido na sobremesa, em sucos e sorvetes, como também acompanhando o peixe frito, camarão assado e carnes, misturado com farinha de mandioca. Da árvore do açaí também é retirado o palmito.
Tacacá, tucupi, maniçoba, caruru; o gosto é tão surpreendente quanto os nomes. De herança indígena, a exótica culinária paraense tem uma expressão cultural indígena. O sabor é unico e inesquecível, e as misturas são muito singulares. Feitas a partir da experiência local, as folhas para a maniçoba tem um preparo todo especial, isso porque originalmente a folha é venenosa.
O mesmo acontece com o Tucupi, um tempero de molho amarelo extraído da raiz da mandioca brava, que é processada para separar o tucupi que originalmente é venenoso e deve ser cozido para eliminar o veneno, com princípio ativo do ácido cianídrico.
O mesmo acontece com o Tucupi, um tempero de molho amarelo extraído da raiz da mandioca brava, que é processada para separar o tucupi que originalmente é venenoso e deve ser cozido para eliminar o veneno, com princípio ativo do ácido cianídrico.
Para o turista, a princípio sente-se uma dormência nos lábios, mas é um caldo saboroso com camarão e vários temperos que os paraenses sorvem com gosto. Peixes saborosos e outros pratos saborosos são parte da culinária paraense.
O restaurante do local é todo de vidro, tendo como cenário a bela paisagem à beira do rio Guamá. No centro de Belém está o Parque zoobotânico Emilio Goeldi, que tem uma visão em miniatura da floresta amazônica, além de milhares de plantas e animais.
Ás margens da Baía do Guajará, o Forte do Castelo é um marco da fundação da cidade e conta a história da colonização portuguesa na Amazônia. Ao lado está a Casa das 11 janelas que serviu de residência a um antigo e rico senhor de engenho. Hoje os jardins servem de palco para apresentações culturais e para exposição de objetos históricos.
Uma construção antiga é o Theatro da Paz, inspirado no Teatro Scalla de Milão. Quase todos os materiais decorativos foram importados da Europa e a balaustrada do salão é toda feita de ferro inglês banhado a ouro.
Outro prédio da Cidade Velha é o antigo presidio que hoje se tornou um centro de exposição de joias e artesanato marajoara, chamado de Polo joalheiro. O pólo marajoara de Belém está em Icoaraci, um distrito a 23 km de Belém, de onde saem as balsas para quem vai à Ilha de Marajó. Icoaraci na lingua tupi-guarani, quer dizer “frente para o sol”. A pitoresca Vila é conhecida como Vila Sorriso.
Uma tradição de Belém é o Círio de Nazaré, em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, no 2º domingo de outubro. É uma manifestação religiosa Católica e dizem ser a maior festa religiosa do Brasil e do mundo, porque reúne milhões de pessoas nas procissões. Uma corda de sisal torcido 400 metros de comprimento é carregada pelos fiéis que fazem o trajeto da procissão.
A Basilica de Nazaré foi construída em 1909, inspirada na Basilica de São Paulo em Roma, exatamente no local onde a imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada. Os vitrais reproduzem momentos bíblicos e a história da Virgem de Nazaré.
E mesmo não tendo mar, Belém tem inúmeras praias nos rios. São mais de 20 praias espalhadas por Cotijuba, Mosqueiro e Outeiro. Em Mosqueiro, onde o rio Amazonas está próximo de encontrar o mar, as praias tem ondas e até marés semelhantes às praias oceânicas. E para quem adora adrenalina e aventura, sai para o roteiro das corredeiras, igarapés e pescaria esportiva, e encontra na Amazônia um verdadeiro paraíso.
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