Palmeira dos Índios é uma das cidades mais privilegiadas do nordeste por ter inúmeras serras, quedas de águas e muitas trilhas. Localizada no agreste alagoano a 130 km de Maceió, a cidade tem destaque na cultura do estado de Alagoas sendo o local onde viviam os índios Xucurus e o escritor Graciliano Ramos.
No alto da Serra do Goiti, uma réplica do Cristo Redentor estende os braços sobre a cidade como se fosse um gesto de proteção. É uma das principais atrações turísticas de onde se tem uma vista panorâmica da cidade.
Com um comércio movimentado, é passeando no calçadão do mercado ou na feira de sábado que se pode conhecer toda diversidade cultural da cidade e provar dos pratos regionais, sendo um deles a deliciosa carne com macaxeira.
Com muitas trilhas que podem ser percorridas por caminhadas, de bike e de moto, belas cachoeiras aparecem em diversos locais, como a Cachoeira Antonio Vitório e a Cachoeira do Caldeirão que tem uma beleza singular.
A trilha da nascente do Rio Coruripe na região do baixo cafundó pode ser alcançada caminhando ou de bike. A Barragem do Bálsamo é um imenso espelho d'gua localizado na região serrana, que serve de irrigação para toda região e também atrai turistas principalmente os que gostam de boas trilhas e muita aventura.
Museu Xucurus: No prédio antigo de uma igreja construída pelos escravos no século 18 funciona o Museu Xucurus, rico em peças antigas que contam a história da cidade. Palmeira dos Índios foi no passado cenário de violentas disputas políticas e atualmente é a terceira maior cidade do estado.
A presença indígena marca a Praça do Açude onde há uma estátua de bronze de uma índia, isto porque no passado toda a região era habitada pelos índigenas.
A cidade surgiu em 1770 quando chegaram os frades que se propunham a converter os índios ao cristianismo e construiram uma capela com ajuda dos índios.
Devido às inúmeras palmeiras, foi dado o nome à cidade: Palmeira dos Índios. Porém um historiador que estudava e tinha acesso aos índios xucuru-cariris, criou uma lenda para o nome da cidade.
Conta a lenda, que há muitos anos atrás havia um índio chamado Tilixi que era apaixonado por uma índia chamada Tixiliá. No entanto, era um amor proibido pois a índia estava prometida ao cacique Etafé.
Conta a lenda, que há muitos anos atrás havia um índio chamado Tilixi que era apaixonado por uma índia chamada Tixiliá. No entanto, era um amor proibido pois a índia estava prometida ao cacique Etafé.
Durante uma festa tribal, Tilixi se aproximou de Tixiliá e lhe deu um beijo. Como castigo, Tilixi foi condenado a morrer de fome. Tilixiá foi proibida de ver Tilixi novamente, mas sabendo do sofrimento de seu amado ela foi ao seu encontro.
Quando o cacique encontrou os dois juntos, Tixiliá foi atingida mortalmente por uma flecha e morreu junto a seu amado. No lugar onde morreu o casal apaixonado nasceu uma formosa Palmeira dos Índios.
Para conhecer a cultura indígena e seus trabalhos de artesanato, é possível agendar uma visita junto à aldeia dos Xukuru-kariri na Mata da Cafurna a 2 km da cidade através da Secretaria de Turismo.
Além de serem muito hospitaleiras, as pessoas de origem indígena mostram com orgulho as suas tradições e identidade cultural, apesar de viverem próximas à área urbana. A Barragem da Cafurna está nas áreas que pertencem à aldeia.
Com a extinção do sistema ferroviário, a antiga estação ferroviária foi transformada em biblioteca pública e espaço de preservação cultural e histórica.
Uma seção inteira é reservada aos escritores da terra e à literatura alagoana. Poetas e escritores de Palmeira dos Índios aparecem pintados no mural. O ilustre escritor Graciliano Ramos recebeu também em sua homenagem um busto gigante na entrada da cidade.
Autor de muitas crônicas, livros de contos, romances e memórias, Graciliano Ramos foi incluído entre os grandes escritores da literatura mundial de todos os tempos. O escritor exaltou a vida no Nordeste em seu livro "Vidas Secas" mostrando as dificuldades do cotidiano de uma família nordestina retirante.