segunda-feira, 8 de maio de 2017

Pão de Açucar




Entre os morros Pão de Açucar e Cara de Cão nasceu a cidade do Rio de Janeiro, que ostentou no passado a nome de São Sebastião do Rio de Janeiro. 

Fundada por Estácio de Sá em 1565, desde aquela época a região era chamada de Urca. Antigamente o local era uma ilha, que só se tornou ligada ao continente devido a um aterro em 1697. 





Bondinho do Pão de Açúcar


Inaugurado em 1912, apenas para proporcionar divertimento para a população, o Bondinho do Pão de Açúcar acabou se tornando famoso e um dos melhores pontos turísticos do Rio de Janeiro. Famoso em todo mundo, atrai um grande número de turistas.






A cada 20 minutos parte um bondinho levando até 65 pessoas numa velocidade de 20/30 km/h até chegar na primeira estação. Dalí pode ir mais alto até a segunda estação. A vista panorâmica é surpreendentemente linda.





Morro do Pão de Açúcar


Conhecido em todo o mundo e despido de vegetação, o Morro do Pão de Açucar é constituído de um bloco inteiro de granito tendo uma idade superior a 600 milhões de anos. A respeito da origem de seu nome há várias versões históricas.

Segundo historiadores, foram os portugueses que lhe deram o nome de Pão de Açucar entre os séculos 16/17 durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil. Na época os blocos de açúcar eram colocados em uma forma de barro cônica para transportá-lo para a Europa, que era denominada pão de açúcar.

Porém alguns discordam e dizem que o nome pode ser bem mais antigo e ter vindo do termo indígena "Paunh-açuquã", que na língua Tupi significa morro alto e pontiagudo. Talvez haja alguma verdade nessa afirmação, pois a Baia de Guanabara foi no passado um local habitado pelos índios Tupynambás.
 




Mito dos índios Tupynambás


Segundo um mito dos índios Tupynambás, em milênios passados os indígenas caminhavam pela América para irem em busca do paraíso ou da terra sem males, sendo guiados por seus profetas Cari ou Caraí. 

Depois de percorrem desde as florestas da Amazônia até o sul do Brasil, por um caminho mítico chamado por eles de Tape Aviru ou Caminho do Mato Amassado, eles começaram a seguir em direção ao sol nascente se guiando pelas estrelas.

Quando chegaram na costa brasileira e viram o mar, os Tupynambás pensavam ter chegado perto do paraíso. Ao verem o sol nascendo no horizonte marcado pelo oceano, eles acreditaram que o paraíso ficava atrás do oceano e onde morava o espírito dos seus antepassados. 

E se o sol morava lá e surgia todos os dias com esplendor, era porque trazia boas mensagens dos deuses. Assim eles se instalaram na Baia de Guanabara.







Quando os europeus chegaram no Rio de Janeiro em 1502, navegando sobre as águas do oceano, os índios Tupynambás que habitavam no entorno da baía de Iterõe (Niterói) e Iguaá-Mbara (Baia de Guanabara) acharam que estavam recebendo a visita dos deuses e os chamaram de Carí - os xamã-guerreiros.

Aproveitando da reverência feita pelos índios, os europeus transformaram os índios em seus escravos. Entre várias versões, conta-se que quando começaram a ser construídas as primeiras casas dos europeus, os indígenas as chamaram de "Carioca", que é a junção de cari=deus e oca=casa, ou seja, casa dos deuses.

Passados alguns anos os índios foram ficando desapontados com aqueles que eles pensavam ser deuses, pois os europeus não respeitavam suas crenças, não tratavam bem os índios e nem a sua terra. E assim os índios convocaram uma reunião das tribos mais antigas, formando a Confederação dos Tamoios ou "Confederação dos mais velhos".






Monumento Araribóia em Niterói


Nativos de todo o continente americano vieram ajudar aos Tupynambás no ataque aos europeus, que se renderam aos bravos nativos da região. 

Eles até poderiam ter conseguido expulsar os homens brancos de sua terra, mas foram traídos por um índio chamado Araribóia que ajudou os europeus a dizimar os índios. Por ter traído seu povo, Araribóia ganhou em troca as terras onde fundou a cidade de Niterói.

Atualmente em frente à estação das barcas de Niterói há um momento dedicado ao Araribóia. Do outro lado no Aterro do Flamengo há um monumento de um guerreiro Maya, que aponta sua flecha na direção de Araribóia. No alto do morro o Cristo Redentor olha para o leste (Nhande Rovái), onde está a Casa do Sol Nascente e dos profetas Carai...





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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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