Por toda a cidade há inúmeros casarões coloniais que foram preservados e transformados em prédios públicos, como a sede da Prefeitura, a Câmara municipal, a Biblioteca Municipal, a Casa de Borba Gato e o Museu do Ouro.
Chamada antigamente de Rua Direita, a atual Rua Pedro II reúne um belo conjunto arquitetônico. Nela estão os casarões mais bonitos e antigos da cidade, como o casarão da prefeitura, a Casa Azul, o Solar de Dona Sofia e a Casa de Ópera.
Prefeitura: Devido à preservação das construções antigas, ainda hoje é possível admirar o casarão onde está instalada a Prefeitura Municipal da cidade.
Os detalhes da maioria dos casarões são pintados na cor azul. Dizem que essa cor foi escolhida para agradar o Imperador, que visitou a cidade em 1881 e adorava a cor azul.
Construído no século 18, o casarão se destaca pelos degraus de acesso feitos em pedra e a porta trabalhada com molduras, assim como suas janelas emolduradas.
Solar Dona Sofia: Localizado na Rua Dom Pedro II, o antigo Solar Dona Sofia foi edificado o século 18, como consequência do processo de urbanização devido ao ciclo do ouro.
Adquirido na metade do século 20 pelo Coronel Jacinto Dias, o solar foi herdado por Dona Sofia e sua irmã Dona Emília, que o receberam como herança e lá viveram até a sua morte em 1959.
Visitantes ilustres foram recepcionados no solar. A partir de 1977 se tornou sede da Biblioteca Municipal, que funcionou no local por 32 anos, até ter seu acervo transferido para um local maior.
Casa de Ópera: O Teatro Municipal ou Casa de Ópera, foi construído em 1819 no ponto mais aristocrático da cidade e junto de alguns dos mais importantes casarões da cidade. Dois grandes momentos do teatro aconteceram em 1831 com a visita de Dom Pedro I e em 1881 com a visita de Dom Pedro II.
Em sua época era o principal centro de entretenimento e reunião social da cidade. Com um típio estilo barroco italiano, ele segue as tendências da Itália e Portugual daquela época.
O salão tem três níveis de camarotes, que eram reservados para os ricos e políticos da época. O último andar, na época conhecido como "Torrinha", era reservado para as pessoas mais pobres.
Embora seu interior seja modesto, esse teatro possui uma das melhores acústicas da América Latina. Totalmente revitalizado, ainda preserva a sua característica original e a continuidade da rica história sabarense. Atualmente é o segundo teatro mais antigo do Brasil ainda em funcionamento.
Rua Borba Gato: Até 1911 era chamada Rua da Cadeia. Ao comemorar o bicentenário da elevação da cidade, a Câmara Municipal rebatizou a via como Rua Borba Gato, em homenagem ao descobridor das minas do Rio das Velhas. Nessa rua encontra-se a Câmara Municipal, o Clube Cravo Vermelho e a Casa de Borba Gato.
Casa Borba Gato: Apesar do nome, a Casa Borba Gato nunca pertenceu ao ilustre bandeirante. Na verdade o casarão pertencia à Família Guimarães, que concedeu o nome de Casa Borba Gato durante as celebrações do bicentenário da elevação da cidade em 1911.
Construído em 1814, o casarão teve diversas utilizações. Desde a sua construção foi residência, transformado em hospedaria e escola, até ser reconhecido como um bem de utilidade pública. Devido à sua importância cultural, desde 1987 o casarão passou a ser utilizado como museu e arquivo histórico.
Museu do Ouro / Casa de fundição: Sabará foi no passado uma das cidades mais ricas da região durante o ciclo do ouro. Sendo a sede de uma região onde se explorava o ouro, em Sabará estava a odiada casa de fundição, para onde era levado todo o ouro extraído, para ser fundido em barras e devidamente taxado pela Coroa Portuguesa.
Em 1822 o Brasil se tornou independente, terminando assim com um dispositivo fiscal aplicado no estado de Minas Gerais desde 1751, que assegurara a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas ou pepitas que eram direcionadas diretamente à Coroa Portuguesa.
Atualmente essa é a única Casa de intendência no Brasil que permaneceu preservada. Erguida em 1930, na antiga Casa de Intendência e Fundição do Ouro funciona o Museu do Ouro. Localizada na Rua da Intendência, seu acervo preserva peças de mobiliário do século 18, maquetes, pratarias, arte sacra e lavandas.
Clube Cravo Vermelho: =Um dos locais icônicos da cidade é o Clube Cravo Vermelho. Fundado em 1921, o clube não tinha uma sede própria, por isso funcionou em diversos casarões da cidade.
Com o aumento dos associados foi preciso construir uma sede maior. E assim em 1932 surgiu a sede do clube na Rua Borba Gato, que no passado era o único salão de festas da cidade.
O nome do clube foi uma homenagem ao Governador de Minas da época, Arthur Bernardes, que costumava usar um cravo vermelho na lapela quando visitava o clube.
O clube servia para as horas dançantes, mas também para as confraternizações e reuniões para discutir sobre política e economia. Muitas pessoas vinham de outras cidades para participar das reuniões.
Biblioteca Pública: Na Rua da República encontra-se uma das construções mais lindas de Sabará, o casarão onde funciona no segundo andar a Biblioteca Pública.
A primeira construção foi demolida para dar lugar ao atual casarão, que entre 1892/1924 foi a sede da antiga Câmara e Cadeia.
A atual biblioteca foi criada em 1942 e funcionou no prédio da prefeitura até ser transferida para esse belo casarão da Rua da República.
continua na parte 3...
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