segunda-feira, 22 de maio de 2023

Sabará, uma cidade que vale ouro (parte 4)



Praça Santa Rita: Essa é uma das praças mais bonitas de Sabará. Ponto de convívio, nessa praça são realizadas feiras de artesanato, diversas festividades e apresentações artísticas. 

Rodeada por lindos casarões, nessa praça existia a antiga Igreja de Santa Rita que deu o nome da praça.  Construída em 1712, a igreja teve sua estrutura destruída pelo tempo, por isso foi demolida em 1975, cujo espaço foi ocupado pelo coreto. 




Igreja São Francisco de Assis:  Fundada em 1761 como uma simples capela, em 1772 começou a construção de uma nova igreja, maior e imponente. 

Porém, devido a falta de recursos, a igreja só foi finalizada em 1864, quase cem anos depois. A falta de recursos justifica a simplicidade de seu interior, quase sem ornamentações. 

Em seu interior há uma bela pia de água benta em formato de uma concha, que foi esculpida por Aleijadinho. Há também outras peças menores, que provavelmente tenha sido do mesmo escultor.   




Relogio do Sol: Em frente à Igreja de São Francisco está um interessante relógio, que marca as horas de acordo com a sombra projetada pela posição do sol. Esse antigo sistema foi inventado pelos babilônios e egípcios, e ainda hoje desperta curiosidade. 




Chafariz Corte Real:  Descendo a Rua São Pedro encontram-se dois chafarizes antigos. Um deles é o Chafariz Corte Real, que não é muito trabalhado como os demais mas é bastante antigo. De acordo com a inscrição deve ter sido construído em 1809.





Chafariz do Kakende:  Também na Rua São Pedro encontra-se o Chafariz Kakende. Construído em 1750, é um dos mais interessantes da cidade, por ter sido durante séculos a única fonte de água que abastecia as casas com água potável.




Capelinha Passo de Nossa Senhora do Bom Despacho: Bem próximo ao chafariz encontra-se a pequena Capelinha de Nossa Senhora do Bom Despacho, que faz parte do patrimônio histórico da cidade. 

Como tantas outras, foi construída nos primeiros anos de 1700, mas por estar atualmente entre casas mais modernas, geralmente passa desapercebida pelos turistas.




Celebração de Corpus Christi: Por ocasião da celebração de Corpus Christi, há vários anos dezenas de moradores voluntários e juntam para preparar os tradicionais tapetes que cobrem as ruas para a passagem da procissão. 

Geralmente organizada pela Matriz Nossa Senhora da Conceição, a procissão percorre as ruas e os largos. Essa tradição criada na Idade Média, foi introduzida no Brasil pelos imigrantes portugueses durante o período colonial e enraizou na sociedade cristã.




A arte, que cobre as pedras das ruas centrais, é feita na madrugada que antecede o dia de Corpus Christi. Criados com diversos materiais, como pó de serragem, pó de café, sal e cal, os variados desenhos artísticos desses tapetes colorem as vielas de pedra do centro histórico. 




Porém o mais importante é a devoção e a fé desses moradores, demonstrada nos detalhes que compõem esses tapetes.  

Segundo os organizadores, o maior tapete já visto em Sabará foi feito com 80m² com uma arte única. 

Criado na Praça Santa Rita, na ocasião foi utilizado um inusitado material: cascas desidratadas de jabuticaba, um material abundante em Sabará...  




Festival de jaboticabas: Aliás, uma das maiores festas de Sabará é o famoso Festival de jabuticabas. Realizado em novembro, esse festival mantem viva a memória histórica das receitas caseiras em vinhos, licores, geleias, sorvetes, tortas e bolos. 




Provar os deliciosos licores caseiros e outras delícias à venda na feirinha, é uma experiência única. Tem também a caipijabuticaba, a caipirinha cujo ingrediente principal é a jabuticaba.

Mas quem quiser apreciar somente o fruto, pode alugar uma árvore de um quintal, colher todos os frutos e saborear in natura. Aí se compreende o motivo de toda festividade de Sabará...


Continua na parte 5... 



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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