Araxá na língua indígena significa "Um lugar onde primeiro se avista o sol", este é o local onde viviam os índios araxás que deram nome à cidade de Araxá em Minas Gerais. Fundada em 1759, sua formação geológica com águas sulfurosas e radioativa transformaram a cidade em uma famosa estância hidromineral.
Situada a quase 1.000 metros de altitude, com clima agradável, águas e lamas medicinais usadas em banhos terapêuticos, a histórica cidade de Araxá se tornou um pólo turístico. Um de seus grandes atrativos são as Termas e o Tauá Grande Hotel de Araxá inaugurado em 1944.
Localizado no Parque do Barreiro com grandes jardins, suas paredes são revestidas de barro avermelhado simbolizando simplicidade. Mas de simples o hotel não tem nada; mais parece um palácio com muito glamour. Com 43.000 m² de área construída, capacidade para 800 hóspedes, suítes presidenciais, imponentes salões em mármore carrara e lustres de cristal importados da Bohemia, o complexo inclui restaurante internacional, bares, cinema-teatro e salão de festas.
As Termas do Grande Hotel se liga ao Tauá Grande Hotel por uma galeria suspensa decorada com afrescos de paisagens e de pontos turísticos de Minas Gerais. Além de relaxamento, há opções de massagens, tratamentos de estética, banhos de lama e água sulfurosa, banhos de pétalas, de mel, de ervas, de pérolas e piscina de águas quentes.
A grandiosidade de sua arquitetura é marcada pela presença do número "8": são 8 entradas, 8 afrescos, 8 vitrais, 8 painéis, 8 colunas e 8 pontas da mandala. Os 8 vitrais reconstroem uma parte da história de Araxá, desde a pré-história até os estudos das águas. Os 8 quadros mostram a importância dos banhos medicinais.
O número "8", número do infinito, está relacionado aos 8 ensinamentos de Buda:
Diante do hotel está a Fonte Andrade Júnior com 4 bebedouros de onde saem águas radioativas. Ao lado oposto da entrada do Grande Hotel está a Fonte Dona Beja, onde as águas minerais nascem das pedras. As águas são um retrato dos solos por onde passam e algumas vezes brotam de regiões extremamente profundas e de regiões de origens vulcânicas arrastando com elas uma infinidade de substâncias.
Para cada tipo de tratamento é necessária uma fonte hidromineral, pois estas fontes possuem características diferentes. Não se sabe ao certo quando se deu o ínicio o uso das águas com poder de cura, mas antigos relatos registram seu uso há mais de 2600 anos na antiga Grécia.
A mitologia grega conta que Pégasus, o cavalo alado, deu um coice numa rocha onde brotou a primeira fonte com poder de cura. Mas foram os romanos que difundiram o uso das águas para combater o cansaço de seus soldados e curar feridas.
No Brasil os índios já utilizavam dessas águas com poderes curativos. Com a chegada da família imperial portuguesa, as águas foram avaliadas cientificamente e constatada suas propriedades terapêuticas. Porém o uso das águas terapêuticas deve ser controlado, pois o consumo exagerado de algumas, pode acarretar sérias complicações à saúde.
O Parque do Cristo é um mirante com uma bela visão da cidade onde uma imagem do Cristo abre os braços para a cidade. Além de muitas igrejas, em Araxá há maravilhosas cachoeiras e muitos museus, entre eles, o Museu de Dona Beja, uma lendária personagem que tinha muita influência em Araxá.
Nascida em 1800, Ana Jacinta de São José, mais conhecida como Dona Beja, foi levada para Araxá junto com seus avós ainda criança. À medida que crescia, Ana se tornava uma bela moça que despertava a inveja de outras mulheres e causava encantamento aos homens.
Apaixonada por seu noivo Antonio, ele lhe deu o apelido de Beja ao compará-la à doçura e beleza de um beija-flor. Mas fascinado por sua beleza, o ouvidor a raptou aos 15 anos levando-a a viver com ele em um casarão. Para vingar-se do seu algoz, Beja recebia outros homens na ausência do ouvidor tendo juntado uma fortuna. Após dois anos o ouvidor retornou a Portugal e Beja soube que seu noivo tinha se casado.
Ao retornar para Araxá, Beja foi recebida com grande hostilidade pela conservadora cidade. As outras mulheres viam em Beja um risco para os valores éticos da época e ela se tornou indesejada e marginalizada pela sociedade. Aos 18 anos, linda e rica, ela construiu uma bela casa de campo chamada Chácara do Jatobá, onde ela recebia todos os homens casados com as mulheres que a condenavam. O sobrado foi construído em 1830 e dizem que ela banhava-se todos os dias numa fonte de águas milagrosas que a mantinha sempre jovem e bela.
Ela se tornou célebre atraindo homens de outras regiões que queriam conhecer sua beleza e a cobriam de joias e pedras preciosas, tendo se transformado num mito como cortesã. A cada noite Dona Beja deitava com um homem diferente, à sua escolha, desde que tivesse condições de pagar-lhe muito bem. Mas ela jamais esqueceu Antonio, seu grande amor.
Certa noite, movido pela embriaguez Antonio invadiu a “Chácara do Jatobá” e Dona Beja o escolheu para aquela noite. Ela engravidou, teve uma filha e ordenou a seu escravo para matar Antonio. Logo Beja se arrependeu de sua ordem mas infelizmente Antonio estava morto. Julgada pelo crime, foi inocentada por seu escravo mas veio-lhe o remorso. Após o nascimento de sua segunda filha, ela resolveu partir para Estrela do Sul para viver honestamente.
Dona Beja adquiriu um garimpo de diamantes e se tornou muito rica. Devido à intoxicação com metais utilizados no garimpo, Dona Beja faleceu aos 73 anos mas em seu testamento de 1869 já não tinha tantos bens e era inteiramente dedicada à religião católica. Enquanto jovem, nunca se deixou fotografar exceto um pouco antes de sua morte.
Situada a quase 1.000 metros de altitude, com clima agradável, águas e lamas medicinais usadas em banhos terapêuticos, a histórica cidade de Araxá se tornou um pólo turístico. Um de seus grandes atrativos são as Termas e o Tauá Grande Hotel de Araxá inaugurado em 1944.
Localizado no Parque do Barreiro com grandes jardins, suas paredes são revestidas de barro avermelhado simbolizando simplicidade. Mas de simples o hotel não tem nada; mais parece um palácio com muito glamour. Com 43.000 m² de área construída, capacidade para 800 hóspedes, suítes presidenciais, imponentes salões em mármore carrara e lustres de cristal importados da Bohemia, o complexo inclui restaurante internacional, bares, cinema-teatro e salão de festas.
As Termas do Grande Hotel se liga ao Tauá Grande Hotel por uma galeria suspensa decorada com afrescos de paisagens e de pontos turísticos de Minas Gerais. Além de relaxamento, há opções de massagens, tratamentos de estética, banhos de lama e água sulfurosa, banhos de pétalas, de mel, de ervas, de pérolas e piscina de águas quentes.
A grandiosidade de sua arquitetura é marcada pela presença do número "8": são 8 entradas, 8 afrescos, 8 vitrais, 8 painéis, 8 colunas e 8 pontas da mandala. Os 8 vitrais reconstroem uma parte da história de Araxá, desde a pré-história até os estudos das águas. Os 8 quadros mostram a importância dos banhos medicinais.
O número "8", número do infinito, está relacionado aos 8 ensinamentos de Buda:
- A crença correta: crença de que a verdade é o guia do homem.
- A resolução correta: ser sempre calmo e nunca causar dano a nenhuma critura viva.
- A palavra correta: nunca mentir, nunca difamar, nunca usar linguagem grosseira.
- O comportamento correto: não roubar, não matar, nunca fazer nada do que possa se arrepender ou envergonhar-se no futuro.
- A ocupação correta: não se ocupar com o que seja mau, não falsificar e não manejar coisas roubadas.
- O esforço correto: aproximar-se do que é bom e afastar-se do mal.
- A contemplação correta: não permitir que os pensamentos sejam dominados pela excessiva alegria ou tristeza.
- Concentração correta: será conseguida quando todas as outras regras tiverem sido seguidas; assim terá atingido o nível da paz perfeita.
Diante do hotel está a Fonte Andrade Júnior com 4 bebedouros de onde saem águas radioativas. Ao lado oposto da entrada do Grande Hotel está a Fonte Dona Beja, onde as águas minerais nascem das pedras. As águas são um retrato dos solos por onde passam e algumas vezes brotam de regiões extremamente profundas e de regiões de origens vulcânicas arrastando com elas uma infinidade de substâncias.
Para cada tipo de tratamento é necessária uma fonte hidromineral, pois estas fontes possuem características diferentes. Não se sabe ao certo quando se deu o ínicio o uso das águas com poder de cura, mas antigos relatos registram seu uso há mais de 2600 anos na antiga Grécia.
A mitologia grega conta que Pégasus, o cavalo alado, deu um coice numa rocha onde brotou a primeira fonte com poder de cura. Mas foram os romanos que difundiram o uso das águas para combater o cansaço de seus soldados e curar feridas.
No Brasil os índios já utilizavam dessas águas com poderes curativos. Com a chegada da família imperial portuguesa, as águas foram avaliadas cientificamente e constatada suas propriedades terapêuticas. Porém o uso das águas terapêuticas deve ser controlado, pois o consumo exagerado de algumas, pode acarretar sérias complicações à saúde.
O Parque do Cristo é um mirante com uma bela visão da cidade onde uma imagem do Cristo abre os braços para a cidade. Além de muitas igrejas, em Araxá há maravilhosas cachoeiras e muitos museus, entre eles, o Museu de Dona Beja, uma lendária personagem que tinha muita influência em Araxá.
Nascida em 1800, Ana Jacinta de São José, mais conhecida como Dona Beja, foi levada para Araxá junto com seus avós ainda criança. À medida que crescia, Ana se tornava uma bela moça que despertava a inveja de outras mulheres e causava encantamento aos homens.
Apaixonada por seu noivo Antonio, ele lhe deu o apelido de Beja ao compará-la à doçura e beleza de um beija-flor. Mas fascinado por sua beleza, o ouvidor a raptou aos 15 anos levando-a a viver com ele em um casarão. Para vingar-se do seu algoz, Beja recebia outros homens na ausência do ouvidor tendo juntado uma fortuna. Após dois anos o ouvidor retornou a Portugal e Beja soube que seu noivo tinha se casado.
Ao retornar para Araxá, Beja foi recebida com grande hostilidade pela conservadora cidade. As outras mulheres viam em Beja um risco para os valores éticos da época e ela se tornou indesejada e marginalizada pela sociedade. Aos 18 anos, linda e rica, ela construiu uma bela casa de campo chamada Chácara do Jatobá, onde ela recebia todos os homens casados com as mulheres que a condenavam. O sobrado foi construído em 1830 e dizem que ela banhava-se todos os dias numa fonte de águas milagrosas que a mantinha sempre jovem e bela.
Ela se tornou célebre atraindo homens de outras regiões que queriam conhecer sua beleza e a cobriam de joias e pedras preciosas, tendo se transformado num mito como cortesã. A cada noite Dona Beja deitava com um homem diferente, à sua escolha, desde que tivesse condições de pagar-lhe muito bem. Mas ela jamais esqueceu Antonio, seu grande amor.
Certa noite, movido pela embriaguez Antonio invadiu a “Chácara do Jatobá” e Dona Beja o escolheu para aquela noite. Ela engravidou, teve uma filha e ordenou a seu escravo para matar Antonio. Logo Beja se arrependeu de sua ordem mas infelizmente Antonio estava morto. Julgada pelo crime, foi inocentada por seu escravo mas veio-lhe o remorso. Após o nascimento de sua segunda filha, ela resolveu partir para Estrela do Sul para viver honestamente.
Dona Beja adquiriu um garimpo de diamantes e se tornou muito rica. Devido à intoxicação com metais utilizados no garimpo, Dona Beja faleceu aos 73 anos mas em seu testamento de 1869 já não tinha tantos bens e era inteiramente dedicada à religião católica. Enquanto jovem, nunca se deixou fotografar exceto um pouco antes de sua morte.
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