terça-feira, 31 de maio de 2011

Fortaleza





O estado do Ceará é um local singular. Terra do xote, do baião, das rendeiras de bilro e das paisagens feitas com areias em garrafas, em seus quilômetros de orla marítima o sol está sempre brilhante e a vista do mar é linda.




Os fortes ventos produzem boas ondas para os esportes náuticos e fazem deslizar sobre o mar as jangadas que são um símbolo do Ceará. Nas imediações da cidade, milhares de dunas se espalham por todos os lados e as lagoas de águas transparentes que se formam entre elas são verdadeiros oásis. Passeios de buggy, de barcos, a cavalo e caminhadas levam a locais paradisíacos.

Em todas as direções há sempre algo novo a descobrir, além de inusitadas histórias e famosas lendas. À tardinha, em todas as praias do litoral turistas e moradores se preparam para assistir o pôr-do-sol. Dizem os poetas que no Ceará o sol não se põe; se deita lentamente sobre o mar criando um cenário multicolorido de rara beleza.






No centro de Fortaleza os grandes calçadões das praias de Iracema, Meireles e Mucuripe permitem passeios agradáveis. Há sempre muitas pessoas caminhando, correndo ou contemplando o mar de águas claras e de ondas fortes.

As praias urbanas são impróprias para o banho de mar, mas existem outras praias próximas e muitas atrações turísticas no centro da cidade. A grande quantidade de bares e de restaurantes trazem muito movimento, tanto durante o dia quanto à noite.  




Ponte dos Ingleses 

Um lugar bem movimentado no centro da cidade é a Ponte Metálica ou Ponte dos Ingleses, que é uma plataforma que avança mar adentro. Foi construída em 1923 por uma empresa inglesa, sendo por isso chamada Ponte dos Ingleses. Pela plataforma desembarcavam muitas mercadorias e passageiros, mas com a inauguração do Porto de Mucuripe a ponte caiu em desuso.

A partir de 1994 a ponte foi transformada em um grande pier com bares, restaurantes, lojas e casas nortunas tornando-se parte do cenário turístico da capital cearense. Além de todas as atrações, a Ponte dos Ingleses encanta como um observatório marinho e pela manhã serve para admirar a dança dos golfinhos. Um espetáculo imperdível.



Dragão do mar

Outro lugar muito badalado é o Dragão do Mar, um centro cultural com uma arquitetura moderna que reúne teatros, espaço para shows, cinemas, galerias de arte, o Memorial da Cultura Cearense e o planetário, que tem uma cúpula de 10 metros e permite localizar as estrelas. À noite é um dos pontos mais animados da cidade.






Esse é um lugar surpreendente que foi inaugurado em 1998 como parte da revitalização do bairro de Iracema. A intensa programação de atividades trouxe movimento e incentivou a restauração dos casarões neoclássicos ao redor.






O nome desse lugar é uma homenagem ao jangadeiro Francisco José do Nascimento, apelidado de Dragão do Mar. Nascido em Aracati, ele conseguiu impedir o desembarque de escravos no porto de Mucuripe num dos mais importantes capítulos da luta abolicionista no país. O Ceará foi a primeira província brasileira a libertar seus escravos em 1884.




Teatro José de Alencar

Um dos lugares interessantes da cidade é o Teatro José de Alencar que faz parte da história da cidade. Inaugurado em junho de 1910, a fachada do teatro dá acesso a uma área ao ar livre. A partir do pátio pode-se admirar outra fachada, que possui uma arquitetura singular com vitrais coloridos e uma estrutura metálica que veio da Escócia.






Quem visita o teatro se encanta com as características da Belle Epoque mantidas e conservadas nos camarotes e nas escadarias, além do belo jardim projetado pelo paisagista Burle Marx. Os vários ambientes se destacam por sua diversidade. O nome do teatro é uma homenagem ao escritor brasileiro José de Alencar. Nascido no Ceará em 1829, o grande romancista criou inúmeras obras literárias, tendo enaltecido a origem do Ceará.






Como um escritor regionalista, destacou a evolução histórica e política sendo considerado um dos maiores escritores brasileiros. No subúrbio da cidade ainda pode-se visitar a casa simples onde viveu José de Alencar em sua infância. Localizada numa bela área verde, no local também pode-se apreciar o Museu Artur Ramos com peças indígenas e instrumentos da época da escravidão.




  
Museus

Muito da história do estado está no Museu do Ceará, que ocupa um prédio de 1817 onde estão reunidos inúmeros móveis, vestimentas e objetos históricos. Entre eles há objetos que pertenceram ao santo Padre Cícero e ao lendário cangaceiro cearense Lampião.

E o maracatu, que é uma das manifestações culturais mais interessantes do Nordeste, também tem a tradição preservada no Museu do Maracatu. Com um acervo que contém peças de vestuário, objetos de senzala, instrumentos musicais, o museu reconta a história dos personagens ligados ao folclore.






Nas imediações do museu está a Praça Cristo Redentor, que tem um lindo monumento que foi construído em 1922 para celebrar os 100 anos da independência do Brasil. A torre, com 35 metros de altura, tem o Cristo no alto abençoando a cidade.




Catedral  


Terra de muitas histórias de cangaceiros, poetas e de grandes artistas, Fortaleza é marcada pela religiosidade popular. A cidade possui uma das mais bonitas catedrais do Brasil, sendo a 2a. maior catedral do país e a 10a. maior catedral do mundo. 

A construção da Catedral de Fortaleza teve início em 1939 e demorou 40 anos para ser concluída. Construída em estilo gótico romano, o interior da igreja é magnífico e tem capacidade para 5.000 pessoas.





Capela Nossa Senhora do Rosário


A igreja mais antiga da cidade é a Capela de Nossa Senhora do Rosário, que tem a fachada voltada para a Praça dos Leões e foi palco de muitos acontecimentos históricos. Foi construída em 1730 pelos negros da Irmandade Nossa Senhora dos Pretos, quando havia distinção de raça e classes sociais nas igrejas. Nossa Senhora do Rosário foi cultuada no século 15 em todo o reino Português, sendo considerada protetora dos navegantes e exploradores. 


  

Igreja Nossa Senhora de Fátima


Dentre as várias igrejas de Fortaleza, tem destaque a Igreja Nossa Senhora de Fátima que tem uma fachada coberta por vitrais coloridos. À noite as luzes destacam os desenhos dos vitrais e o terço iluminado realça a torre.

  


A maior imagem de N. S. Fátima no mundo


Impressionante é a enorme imagem de Nossa Senhora de Fátima com 15 metros de altura, que equivale aproximadamente a um prédio de 5 andares. Ela está colocada na praça em frente à igreja que lhe é dedicada. Consta que é a maior imagem de Nossa Senhora de Fátima em todo o mundo.




Castelão


Enorme é o  Estádio Governador Plácido Castelo, conhecido popularmente como Castelão, que sediará alguns jogos da Copa do Mundo 2014. Em seus gramados estarão jogando a seleção brasileira e as seleções provenientes da Costa Rica, Uruguai, México, Alemanha, Gana, Grécia, Costa do Marfim e Brasil. O imenso estádio, que tem capacidade para 60.000 pessoas, é uma verdadeira obra prima.





Centro das Tapioqueiras 



E quem vai à Arena Castelão não pode perder uma tradição típica do nordeste. O Centro das Tapioqueiras em Messejana  tem mais de 20 barracas que oferecem tapioca com os mais variados recheios. Há barracas que tem 80 opções a escolha.

As mais simples são feitas só na manteiga com queijo coalho. Outras tem recheio de camarão, carne de sol, frango além de recheios exóticos. Há ainda as tapiocas doces, recheadas com chocolate, morango, banana com canela e outros sabores. 







De origem muito antiga, conta-se que quando os colonizadores portugueses chegaram nas terras do nordeste, descobriram que a mandioca consumida pelos índios servia para fazer a tapioca em substituição ao pão. Daí surgiu a iguaria que ganhou recheios diversos tornando-se um patrimônio imaterial e uma paixão do nordeste.




Ypioca Park


Dentre as inúmeras atrações turísticas de Fortaleza tem destaque seus parques naturais e temáticos. Um parque temático é o Ypioca Park situado em Maranguape a 30 km do centro da cidade. Em meio a uma paisagem serrana, os campos de aventura e lazer do parque é uma atração imperdível.

É um lugar para praticar esportes e diversões radicais, como arvorismo, tirolesa, muro de escalada, trilhas para caminhada, acqua ball, banana-boat, esqui-aquático, o giroflex que desafia a gravidade, o divertido paintball, passeios de charrete, pedalinhos, playground, um delicioso restaurante e um foto estúdio onde se pode fazer divertidas fotos vestido de cangaceiro. 


  

Museu da Cachaça


Dentro do Ypioka Park está o Museu da Cachaça, considerado um dos dez museus mais inusitados do Brasil. O museu reconta a história da cachaça, que está relacionada à trajetória da família Telles, fundadora da Ypióca que é a maior produtora mundial de cachaça. No casarão de 1856, que foi no passado a primeira fábrica do grupo, há documentos, fotos, garrafas antigas e ambientes que representam o processo de fabricação e um canavial.





O destaque do museu é o maior tonel de madeira do mundo registrado no Guinness Book, com 8 metros de altura e capacidade para 374 mil litros. Dois personagens de resina em tamanho natural encenam o trabalho realizado na moenda, sendo uma homenagem à participação dos escravos na saga da cana-de-açúcar.




Beach Park


Outro parque temático é o Beach Park, um complexo turístico com mais de 170.000 m² que nasceu de um badalado restaurante de praia e foi o primeiro acquapark da América Latina. Situado a junto à praia Porto das Dunas, a poucos quilômetros de Fortaleza, o local dispõe de toboáguas, piscinas, playground e quadras esportivas.






A atração mais radical do parque é o Toboágua Insano com 41 metros de altura, que equivalente a um prédio de 14 andares e proporciona uma sensação de queda livre a 105 km/h em 5 segundos.  O conforto dos luxuosos resorts junto ao Parque Aquático permitem a comodidade de alugar um lounge rústico e privativo para curtir as diversões.








Praia de Meireles


Na Praia de Meireles é grande o movimento de turistas pela avenida Presidente Kennedy, popularmente chamada de avenida Beiramar, que é tomada por modernos hotéis e outros estabelecimentos turísticos. Sendo o local do Clube Náutico de Fortaleza, é uma área muito movimentada durante o dia e grande parte da noite.




Embora essa praia seja imprópria para banho de mar, existem muitos quiosques à beira mar que oferecem pequenos lanches e servem para descansar. É também onde se realiza a Feirinha de Artesanato que contém várias peças artesanais típicas do nordeste, cujas técnicas são repassadas dos pais para os filhos. Artistas talentosos de várias cidades produzem diversos tipos de artesanato de alta qualidade que são vendidos na feira.





Mucuripe


Seguindo a Avenida Beiramar chega-se ao Rio Mucuripe, famoso por sua comunidade de pescadores. Um bom programa no final da tarde é petiscar nas barracas do Mercado do Peixe, onde estão os pescados mais frescos de Fortaleza.

A tranquila enseada de Mucuripe é reduto da comunidade caiçara em pleno centro urbano, que tem quadras de esportes e onde muitas jangadas aportam repletas de lagostas. Todos os dias, pela manhã e à tarde, chegam os pescadores para o movimentado mercado de peixes e mariscos.







É do Porto de Mucuripe que partem os veleiros que fazem passeios pela orla. No trecho próximo ao porto estão as jangadas que fazem passeios turísticos pelo litoral. São os poderosos ventos de Fortaleza que fazem deslizar as jangadas que cruzam os mares e são ideais para quem pratica esportes que dependem dos ventos ou quer se divertir soltando pipas.

Principalmente de julho a fevereiro os ventos se tornam mais fortes. Várias cidades do Ceará sediam campeonatos surf, windsurf, kitesurf por terem as melhores ondas e bons ventos. Também são os fortes ventos que movem o parque de energia eólica que estão em várias partes do litoral e formam fortes ondas em algumas praias.






Passeios de buggy


Muitas operadoras de turismo levam turistas para passeios de buggy em locais encantadores, como os passeios em praias desertas dunas e lagoas. E o passeio pode ser feito com muita e ou pouca emoção, que depende da velocidade nas subidas e descidas das dunas. 

É o turista que escolhe. Com muita emoção significa ter a sensação de estar numa verdadeira montanha russa através das manobras radicais sobre a inclinação das dunas. Com pouca emoção é apenas um passeio de contemplação dos cenários criados pela natureza.






As lagoas de águas transparentes que se formam entre as dunas são verdadeiros oásis, onde a grande diversão é deslizar do alto de uma duna sentado sobre uma prancha até cair na água sendo chamada popularmente de "skibunda". E é tão divertido que as pessoas escalam a duna para retornar até o alto e descer novamente em repetidas emoções.  Os motoristas dos buggies credenciados são experientes na exploração das dunas, conhecem a região e contam a história de cada lugar. 


Dizem que em torno de 1600 havia uma aldeia dos índios Potiguara, onde um explorador português construiu um povoado chamado de Nova Lisboa. Devido à seca o português abandonou o lugar. Chegaram os holandeses e construíram o Forte Schoonenborch em torno do qual cresceu a cidade. Quando os portugueses recuperaram a cidade, o forte passou a ser chamado de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção, que deu origem ao nome da cidade de Fortaleza. 


 



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vitória, a capital sobre 34 ilhas




O Estado do Espírito Santo recebeu esse nome devido à coincidência da chegada de uma caravela vinda de Portugal exatamente no dia em que se comemorava o fim da festa religiosa do Divino Espírito Santo em 23 de maio de 1551. Na época, devido aos constantes ataques e hostilidades dos indígenas, de corsários franceses e holandeses na capital Vila Velha, os portugueses que dominavam o Brasil naquela época decidiram mudar a capital e escolheram uma ilha que era próxima ao continente.


 







Fundada em 1551, Vitória é uma das cidades mais antigas do Brasil. Chamada pelos indígenas de Guanaani, os portugueses deram à ilha o nome de Vila Nova do Espírito Santo. Posteriormente passou a ser chamada de Vitória, quando os portugueses conseguiram a vitória numa batalha contra os índios Goitacases.  

Na época da construção da cidade, as partes altas deram origem a diversas ruas estreitas. Na parte baixa, por estar mais sujeita a ataques, foram construídas várias fortalezas à beira do mar entre elas, o Forte São João.



 





A ilha era muito isolada e por isso foram feitos diversos aterros na parte baixa alterando e modernizando a ilha. Isso deu origem a vários bairros e à construção da ponte que liga a ilha ao continente. A modernização da ilha tomou os espaços antigos da época colonial.

Na verdade Vitória é um arquipélago composto de 34 ilhas e uma parte do continente, que forma a região metropolitana: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Guarapari e Fundão.


Foram os aterros que deram origem às largas avenidas e ao porto que se tornou o maior centro do Espírito Santo. Em Vitória estão dois grandes portos considerados os melhores do Brasil: Porto de Vitória e Porto de Tubarão.







Palácio Anchieta: Algumas construções antigas ainda existem na cidade, como antigos casarios, palácios e monumentos. Uma delas é o Palácio Anchieta, que teve início em 1587 quando o jesuíta José de Anchieta construiu a primeira parte de um colégio na praça.

Durante os 200 anos seguintes foram acrescentadas novas alas até se tornar o Palácio do Governo em 1798. Quase 100 anos depois foi construída uma escadaria na ladeira de acesso ao Cais do Imperador, melhorando a ligação entre o porto e o edifício.

Após uma ampla restauração, foram recuperados vestígios de todas a fases históricas do palácio, que atualmente contém salas especialmente montadas para contar sua história ao longo de quatro séculos.






Teatros: Dentre os teatros de Vitória, o grande Theatro Carlos Gomes é uma das construções mais significativas de Vitória. Inaugurado em 1927, a construção em estilo eclético teve seu projeto arquitetônico em formato de ferradura inspirado nos teatros italianos.
O teto do teatro contém uma bela pintura feita por Homero Massena, que inspirou-se nos grandes mestres da música e em instrumentos musicais para compor o cenário. A fachada principal contém esculturas que fazem menção às artes e o busto do músico brasileiro Carlos Gomes ocupa o ponto central.



Museu da Vale: O Museu da Vale funciona em uma antiga estação ferroviária em Vila Velha. Uma das salas do museu contém a memória de uma linha de trem, onde correm miniaturas de locomotivas em meio a paisagem de morros e matas cuidadosamente reproduzidas. Quem se empolga com a memória das ferrovias brasileiras, encontra os primeiros anos do século 20 narrados em fotografias e objetos.

A estação construída em 1927 passou a ser chamada de Estação Pedro Nolasco em homenagem ao engenheiro responsável pela construção da estrada de ferro Vitória a Minas. O museu preserva uma locomotiva a vapor de 1945, que foi uma das últimas Maria-Fumaça compradas pela empresa. Situada no pátio externo da estação, existem também dois vagões de passageiros que permitem uma viagem no tempo. O charmoso Café do museu funciona dentro de um antigo vagão. 







Catedral: A Catedral Metropolitana é um símbolo histórico de Vitória. Construída em 1920 no local onde havia uma antiga igreja, foi inspirada na Catedral de Colônia na Alemanha e demorou 50 anos para sua conclusão. Situada na Cidade Alta, tem em destaque por sua arquitetura neogótica de torres pontiagudas e belos vitrais.

Ainda pode-se encontrar na Cidade Alta a Igreja de São Gonçalo e a antiga Igreja de Santa Luzia, que foi construída em meados do século 14 e é uma das mais antigas da cidade. Também é nessa parte da cidade que estão o Convento de São Francisco e o Convento Nossa Senhora do Monte do Carmo que foi inaugurado no ano de 1682. A Capela do Carmo faz parte desse convento.




Santuário Santo Antonio: Situado no alto de uma colina, o Santuário de Santo Antônio é um dos templos católicos mais belos do Brasil. Sua construção é uma réplica de uma igreja da cidade de Todi na Itália, tendo belas cúpulas que se destacam na paisagem. O acesso é feito através de uma escadaria de pedra. 




Convento da Penha/Vila Velha: Considerado como cartão postal da cidade, o Convento da Penha se destaca no alto. Com seus mais de 500 anos de história, é um dos santuários mais antigos do Brasil que oferece uma das mais belas paisagens de Vitória e de Vila Velha.

O culto à Nossa Senhora da Penha teve início na Europa, depois que várias pessoas atribuiram milagres à santa. Até mesmo o rei de Portugal Dom Sebastião mandou erguer uma capela em louvor à santa depois de ter sido curado de uma grave doença. No Brasil a devoção chegou através de Frei Pedro Palácios, que em 1558 chegou no Brasil e se abrigou numa gruta de pedras hoje conhecida a Gruta de Frei Pedro Palácios.





Segundo a tradição popular, Frei Pedro Palácios tinha um painel de Nossa Senhora das Alegrias que desapareceu misteriosamente. Depois de longa procura, ele encontrou o painel no alto do penhasco. Tendo recolocado o painel em seu lugar, o fato se repetiu por mais duas vezes.

O frei entendeu que era a vontade da santa e deu início à construção da ermida no cume do rochedo em 1569. Durante as obras uma fonte surgiu, tendo se estancado depois que as obras terminaram.

Ao longo dos anos a capela foi sendo ampliada em várias etapas, tendo hoje outras construções. O destaque do convento pertence às pinturas de Nossa Senhora. A que foi trazida por Frei Pedro Palácios em 1558 é considerada a pintura a óleo sobre tela mais antiga das Américas. Há inúmeras outras telas que ornamentam os corredores da Igreja.


Ladeira da Penitência


A Ladeira da Penitência, que é a via de acesso para pedestres, é também conhecida como a Ladeira das Sete voltas ou das Sete Alegrias de Nossa Senhora. A ladeira que serpenteia o morro tem alguns recantos lindos que servem para meditação ao longo de seus 457 metros de extensão. O nome da ladeira deve-se ao seu acentuado declive e ao calçamento feito de pedras que exige muito esforço na subida.

O Museu Nossa Senhora da Penha mantém uma coleção de objetos que fazem parte do acervo histórico do Convento e documentam sua história. Ainda se pode ver as ruinas da senzala dos escravos que trabalharam nas obras do convento.

Segundo historiadores, na época haviam centenas de escravos mais do que em qualquer outro lugar. Foi graças à mão-de-obra escrava que os franciscanos puderam realizar muitas das grandes obras do santuário e do seu entorno. O reflorestamento em 1970 permitiu que muitas árvores crescessem e passassem a dar realce ao branco das paredes do convento no alto do morro.


Fábrica de Bombons Garoto

Fábrica de bombons Garoto:  Em Vila Velha está o fábrica de chocolates Garoto, que foi fundada por um imigrante alemão em 1929 na Prainha. Instalada no bairro Glória desde 1936, a visita à fábrica de chocolates faz parte do roteiro turístico da cidade, que permite visitar as áreas de produção de chocolates e fazer uma breve degustação e comprar chocolates exclusivos na lojinha.

 




Praias: Cercada pelo mar, a região de Vitória tem muitas praias, morros, lagoas e cachoeiras. A praia principal é Camburi e as praias da Costa e de Itapoã são as mais próximas do centro da cidade.

No final da Praia da Costa estão concentrados os bares mais badalados e também o Morro do Moreno com 274 metros e altura, repleto de aventuras para quem gosta de fazer trilhas e voo livre. O caminho até o topo revela fontes de água mineral e uma belíssima vista para as cidades de Vitória e Vila Velha.








Algumas praias possuem ondas fortes e são mais frequentadas. Outras são de ondas calmas são mais tranquilas. Existem aquelas que são totalmente desertas, como Três praias que depende de uma boa caminhada para chegar até lá.

Guarapari é uma cidade próxima a Vitória que tem as mais famosas praias do litoral. A maior é a Praia do Morro e a Praia das Castanheiras é conhecida por suas árvores que dão sombra natural na praia. Em Guarapari a vida noturna se agita, com suas casas de shows, boates e bares.





Nas Ilhas Rasas, Ilha Escalvada e as Três Ilhas é para onde vão os mergulhadores iniciantes e experientes. E quem vai a Vitória não perde o passeio de escuna pelo Rio Piraqueaçu, que parte do Balneário de Santa Cruz e sobe o rio onde tem cinco aldeias indígenas que vendem artesanatos.

A Lagoa Juparanã é a maior lagoa do Brasil em volume de água e o Complexo Lacustre de Linhares é o maior da America Latina, com 64 lagoas permanentes e 5 que aparecem somente na época das chuvas. Nas regiões próximas estão as belas cachoeiras.





 
O centro da gastronomia típica capixaba é a Ilha das Caieiras, à beira do mangue de Vitória na região de São Pedro. É lá que se encontram as desfiadeiras de siri e uma das mais belas vistas para o mangue da cidade e seus barcos de pesca. A Barra do Jucu é um ótimo ambiente praiano e a vila de pescadores preserva características bucólicas e folclóricas. É o reduto das bandas de congo.






Mercado: O Mercado da Capixaba é o centro de artesanato da área central de Vitória, onde se encontra produtos da terra e as famosas panelas de barro de Goiabeiras que, além de serem vendidas aos turistas, são elas que dão o sabor especial à comida capixaba.






Culinária: Vitória tem uma culinária para todos os gostos, mas a culinária capixaba é famosa com sua famosa Muqueca e a Torta capixaba de frutos do mar. E quem vai à praia não resiste ao peroá frito com farinha de milho, bolinho de mandioca recheado e as batidinhas de frutas. Tudo de dar água na boca...









Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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