sábado, 3 de agosto de 2019

Nova Petrópolis, a cidade mais florida da Serra Gaúcha






Nova Petrópolis é a cidade mais florida da região da Serra Gaúcha, por isso é chamada Jardim da Serra Gaúcha. 

Localizada a 100 km de Porto Alegre, a sinuosa estrada que leva até Nova Petrópolis é margeada por uma ampla vegetação, que dá a impressão de um passeio por um imenso jardim. 





Praça das Flores

Logo ao entrar na cidade, o primeiro ponto de parada é a Praça das Flores, que mantém uma fascinante beleza nas cores, formas e perfumes das flores, que ornamentam os canteiros no centro da cidade. Esse é um lugar agradável, onde pode-se fazer compras e degustar um café na Rua Coberta, em meio a uma paisagem encantadora. 




Labirinto Verde de ciprestes

Florida o ano todo, na praça existe também um popular Labirinto Verde de ciprestes, que desafia os visitantes a acharem o centro e a sua saída. 

O labirinto foi criado a partir do ano de 1989, quando vários ciprestes foram plantados em círculos e cuidadosamente cortados em forma de cerca viva. 






Quem visita a cidade em outubro tem a oportunidade única de participar do  "Frühlingsfest", época em que a cidade se enfeita de flores para celebrar a chegada da Primavera. 

Durante dez dias a Rua Coberta se transforma numa grandiosa feira de flores e folhagens. Além de muitas atividades ligadas ao paisagismo e jardinagem, há também  muitas apresentações musicais e teatrais.  





Monumento da praça

Na praça encontra-se um momento dedicado aos colonizadores e outro que representa a Força Cooperativa. Esse é o primeiro e o mais representativo monumento ao cooperativismo do mundo, que é constituído de 7 imagens de pessoas representando as diversas profissões da época. 

Carregando uma pedra, as esculturas fazem referência à união de pessoas com objetivos comuns para superar dificuldades. Em Nova Petrópolis foi fundada em 1902 a 1ª cooperativa de crédito da América Latina. A grande representatividade é traduzida pelas 7 pessoas que simbolizam os 7 princípios do cooperativismo e as 7 cores da bandeira. 





Praça das Flores

O nome original é Praça da República, mas foi carinhosamente apelidada de Praça das Flores devido à sua decoração. Sua localização foi definida desde 1858 e sua história se confunde com o surgimento da cidade, que nasceu devido à disputa de terras entre portugueses e espanhóis. 

Na época Brasil não dispunha de nenhum exército para defender a região, por isso o governo brasileiro convenceu imigrantes europeus a se instalarem nessas terras. A maioria dos imigrantes que chegaram na cidade naquela época eram provenientes da Boêmia, Saxônia, Pomerânia e Hunsrück. 

É por isso que predominam na região as tradições e traços que remetem à cultura germânica, como na arquitetura com suas casas históricas em estilo enxaimel. Construídas com paredes de pedras, tijolos e hastes de madeira, essas casas podem ser admiradas em diversos pontos da cidade e no Parque Aldeia do Imigrante.





Torre de informações turísticas

A torre é um pórtico que marca a entrada da cidade, mas também onde se pode ter informações da cidade e da rede hoteleira. Construída em estilo medieval, os visitantes podem usufruir da paisagem a 25 metros de altura após subir 80 degraus. Inaugurada em 1990, a Torre foi construída no local exato onde os pioneiros da colônia costumavam descansar após a subida extenuante da serra. 

É também o local de onde se tinha uma visão geral das terras onde deveria ser construída a Nova pátria. O nome da cidade é uma homenagem ao Imperador do Brasil D. Pedro II. Considerando que antes já havia sido dado o nome de Petrópolis à cidade real no Rio de Janeiro,  onde a família Imperial passava suas férias, foi decidido que a cidade seroa chamada Nova Petrópolis.





Museu Moinho Rasche

Nas proximidades da Torre está o Moinho Rasche, que foi totalmente reformado e reinaugurado em 2008. Aberto para visitação gratuita, no local funciona uma espécie de museu, com todo o maquinário utilizado antigamente no processo de moagem do milho. 

O moinho tem como objetivo resgatar a história dos moinhos e da culinária, com destaque para processos produtivos em extinção atualmente. Construído pela família Rasche em 1953, o moinho possui dois pavimentos, além de um subsolo. Antigamente, era utilizado para produção e estocagem de farinha.





Parque Aldeia do Imigrante


Nova Petrópolis faz parte da Rota Romântica, um roteiro onde a cultura alemã e o clima europeu são destaques. Por isso passear nas ruas e ouvir seus moradores se comunicando em língua alemã é um fato corriqueiro.





Parque Aldeia do Imigrante


Porém quando se chega ao Parque Aldeia do Imigrante e recepcionistas tipicamente trajados recebem os turistas, dá para sentir a autêntica tradição germânica da cidade. 





Parque Aldeia do Imigrante




Parque Aldeia do Imigrante

    


Parque Aldeia do Imigrante

Criado para resgatar e preservar o passado histórico dos imigrantes que colonizaram esta região, a ideia de criar o parque começou em 1974, ano de comemoração dos 150 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul. 




Parque Aldeia do Imigrante




Parque Aldeia do Imigrante

Tudo teve início durante um desfile de comunidades do interior, que fizeram um desfile com trajes típicos, objetos e outros utensílios antigos. 

A partir daí percebeu-se o grande valor histórico que estas peças continham e que era necessário fazer algo para preservá-las. Assim surgiu a ideia do parque, cujo foco é a arquitetura enxaimel. 




Parque Aldeia do Imigrante



Parque Aldeia do Imigrante



Parque Aldeia do Imigrante

Inaugurado em 1985, a mata que compreende o parque é exuberante. Há dois espaços. Na entrada do Parque foi erguida uma "Aldeia Bávara" com elementos arquitetônicos como o Pórtico de Entrada, lojas de malhas, artesanato e produtos coloniais, salão de baile, quiosque para apresentação do folclore e o "Biergarten" (Jardim da Cerveja), assim como os prédios construídos para as tradicionais festas da cidade.




Parque Aldeia do Imigrante



Parque Aldeia do Imigrante

O segundo espaço é ocupado pela Aldeia Histórica, onde há a representação da história dos primeiros imigrantes em forma de Museu Vivo. 

No coração do Parque, antigas construções com técnica enxaime foram removidas de diversas localidades do interior e reconstruídos no parque. Essas construções fizeram parte da vida dos imigrantes entre os anos de 1870 e 1910. 





Parque Aldeia do Imigrante





Parque Aldeia do Imigrante

Algumas construções possuem aproximadamente 100 anos, como a Capela do Imigrante, a venda com salão de baile, réplica da primeira sede da cooperativa, casa com cantina, ferraria, escola comunitária, casa do professor, casa do sapateiro, casa paroquial, estúdio fotográfico de foto à moda antiga, o cemitério e o Museu Histórico Municipal.




Parque Aldeia do Imigrante



Parque Aldeia do Imigrante

Aos finais de semana as tradicionais bandinhas tocam no salão de baile e animam os visitantes que por lá passam para conferir as lojas de artesanato, produtos coloniais, malharias e apresentações folclóricas. 

Dentro do Parque ainda há uma cervejaria que comercializa o chopp artesanal e pratos da gastronomia alemã, como o “Kartoffelkuchelchen” (bolinho de batata) e o Sauerkraut (chucrute). 





Festival Internacional de Folclore

Entre o final do mês de julho e princípio do mês de agosto acontece o tradicional  Festival Internacional de Folclore, um evento de valorização das tradições e dos costumes dos antepassados. 

Em 2019 o festival acontece entre 27 de julho e 04 de agosto. Realizado em diversos locais públicos, há atrações com grupos de danças de diversos países, desfiles e bandinhas típicas.





Festival Internacional de Folclore

É um dos maiores festivais culturais do mundo. A rainha eleita junto com as princesas recepcionam os participantes. 

Vários stands são montados na Praça das Flores, aonde pode-se encontrar produtos nacionais e outros vindos da Bolívia, Índia, Equador, África, Uruguai, Peru etc. Na Praça de Alimentação há várias opções de pratos típicos.





Sabores da Colônia

Aliás, quem aprecia a boa gastronomia e queira provar o melhor da tradição germânica, não pode perder o Festival Sabores da Colônia realizado em junho, quando a Praça das Flores e a Rua Coberta se tornam cheias das mais variadas opções, que inclui sabores, a arte e a cultura alemã.  

Além da gastronomia há muitas novidades na feira de artesanato e produtos coloniais. Outro é o Encontro dos Chefs Gourmets realizado entre o final de agosto e princípio de setembro, que combina o melhor da gastronomia e cultura da região com os canteiros floridos da Praça das Flores. 

Renomados restaurantes de Nova Petrópolis, Canela e Gramado oferecem iguarias especialmente preparadas para o evento. A entrada é gratuita e os pratos tem preços únicos, assim como a cerveja e taça de vinho. 






Chocofest

Entre janeiro e março acontece o festival de verão, a Maratona e Festa do Figo. Mas se você adora chocolate, não pode perder a Chocofest. 

Realizada na época da páscoa, a cidade se enfeita com muitos personagens e realiza um divertido desfile. 

Com quatro carros alegóricos e dez alas, o desfile tem duração de uma hora. Mas a programação se estende com shows de música, espetáculos teatrais, exposição de Ovos Gigantes e muitas outras atrações.  





Pinheiro Multissecular

Além das atrações na cidade, há passeios que unem a natureza, tradições e permitem uma imersão na cultura e nos encantos naturais do interior. 

Na estrada para Gramado, chega-se à Linha Imperial onde encontra-se uma araucária de 1000 anos. Com 45 metros de altura, ela tem um tronco que, para ser abraçado, exige os braços de sete pessoas adultas. 

É também nessa região que encontra-se a Cascata do Panelão e a Cascata Johann Grings. O nome dessa cascata é uma homenagem ao imigrante Johann Grings, que veio em 1862 de Wiebeshein na Alemanha, com a incumbência de construir moinhos no Brasil. 





Igreja Católica São Lourenço

Na Linha Imperial encontra-se também a Igreja Católica São Lourenço, onde está o mausoléu do Padre Theodor Amstad, um religioso suiço que chegou no Brasil para auxiliar na paróquia. 

Durante sua permanência ele fez contatos com agricultores da região, vindo a fundar a primeira cooperativa de crédito da América Latina - a Sicredi e outras 35 cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.  





Praça Amstad

Junto à igreja encontra-se a Praça Amstad, que foi construída em 1942 pelos moradores para que o local recebesse 5000 participantes do Congresso da União Popular. 

Nessa praça é possível visitar o monumento dedicado ao Padre Amstad e placa comemorativa dos 100 anos da Associação Amstad (Volksverein). O memorial conserva peças e fotografias, que contam os passos do patrono do cooperativismo.  

No mesmo prédio está instalada a sede da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis. A Cooperativa Piá, fundada em 1967, é responsável pelo desenvolvimento de grande parte da cadeia produtiva da região, fabricando doces e creme de leite, iogurtes e bebidas lácteas.





Armazém Rosa Mosqueta

Nas proximidades da igreja aproveite para conhecer o Armazém Rosa Mosqueta, um lugar onde pode-se adquirir vários cosméticos e também aprender a respeito da Rosa da Vitória. Flor símbolo dos senhores feudais da Boêmia, norte da antiga Tchecoslováquia, as plantações de rosa mosqueta de Nova Petrópolis são únicas da espécie no Brasil.





Jardim mais alto da Serra Gaúcha

Um lugar imperdível nas imediações é o Jardim mais alto da Serra Gaúcha. Destinado ao turismo religioso e de contemplação, o mirante no Morro da Fome é um  os pontos mais altos da região. Situado a 820 metros acima do nível do mar, do alto tem-se uma esplêndida vista panorâmica.





Jardim mais alto da Serra Gaúcha

Pode-se avistar o centro de Nova Petrópolis, Caxias do Sul e Farroupilha. A imagem do Menino Jesus de Praga, que abençoa os visitantes do mirante foi trazida da Boêmia, uma região de origem dos imigrantes que se instalaram na Linha Imperial. A contemplação dos jardins é um convite à reflexão e conexão com as boas energias.




Esculturas Parque Pedra do Silêncio
 


Esculturas Parque Pedra do Silêncio

Um pouco adiante está o Parque Pedra do Silêncio, onde há várias esculturas enormes. Através da beleza e arte das esculturas em pedra, dispostas em uma composição de vegetação nativa e paisagismo, as esculturas representam as profissões, costumes e tradições, além das faces de vários imigrantes de Nova Petrópolis. 





Galeria de Arte Casa Amarela

Indo ao parque, aproveite para conhecer a Casa Amarela, uma galeria destinada aos artistas da região da Serra Gaúcha para expor suas obras, torná-las conhecidas ao público e também comercializá-las. 







Monte Malakoff / Pedra do silêncio

Outro lugar esplêndido é o Monte Malakoff, um paredão de pedra basáltica com mais de 100 metros de atura. Do alto tem-se uma vista privilegiada do Vale do Rio Caí. Acima encontra-se uma pedra meio suspensa, conhecida como Pedra do Silêncio. O ambiente é propício para escaladas e trilhas. 





Ninho das Águias/rampa de Voo Livre
 

Outro lugar que também oferece uma magnífica vista panorâmica é o Ninho das Águias. Situado a 684 metros de altitude, esse é o local de encontro de paraquedistas e competidores de voo em asa delta e paraglider. 






Ninho das Águias/rampa de Voo Livre 

Entre março a novembro os ventos são mais favoráveis, por isso o movimento é maior. Há também quiosques equipados com churrasqueiras, lanchonetes, internet wireless, banheiros e outras instalações, sendo o lugar ideal para quem quiser se encantar com as paisagens da cidade. 




Festimalha


Se estiver na cidade entre maio e junho, não perca Festimalha, uma feira que reúne diversos stands onde são expostas centenas de peças de vestuário e acessórios, além de atrações musicais, muitas opções gastronômicas e degustação de cerveja artesanal. 

Nova Petrópolis é o maior centro de produção de malhas de toda a Região das Hortênsias, onde pode-se encontrar lindas peças em tricô e lã de todo o Sul do Brasil. Durante o evento acontecem desfiles, que buscam levar ao público tendências da próxima estação e o que pode ser adquirido. 



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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