segunda-feira, 22 de maio de 2023

Sabará, uma cidade que vale ouro (parte 5)

 


Fora do centro há várias atrações turísticas muito interessantes, que fazem parte da história da cidade e preservam grandes tesouros.



Capelinha de Sant'Ana: Muito antiga, essa capela está localizada no Arraial Velho, primeiro povoamento a se formar em Sabará, onde Borba Gato possuía lavra de ouro. 

No adro da igreja há um sino com inscrição de 1759, mas é provável que já existia muito antes disso. Sua decoração interior tem paredes em pedra à vista. 

Segundo dizem, essa capela é um dos possíveis locais de sepultamento do bandeirante Borba Gato. 

 


Igreja de Nossa Senhora da Soledade:  Situada a 6 km do centro histórico, essa igreja histórica é considerada uma das principais capelas rurais da região. 

Além de sua importância religiosa, a capela foi um marco no caminho dos bandeirantes, servindo também como ponto de abrigo e pouso para os tropeiros. Com uma estrutura externa bem simples, seu interior contém uma bela ornamentação no altar-mor. 

Embora o acesso seja precário, em estrada de terra, do Morro da Soledade tem-se uma belíssima vista panorâmica da região, de onde também pode-se admirar um por do sol deslumbrante. 




Capela Nossa Senhora da Assunção da Lapa: Outra bela igrejinha situada fora do centro histórico é a Igreja Nossa Senhora da Assunção da Lapa. 

Erguida no antigo arraial da Lapa de Ravena, com elementos da arquitetura colonial mineira, a inscrição 1750 existente no arco-cruzeiro parece indicar a conclusão de parte importante das obras. 

No entanto há registros da construção em 1727. Em 1948 a torre foi recontruida por ter sido atingida por um raio. Tendo um inestimável tesouro barroco, foi restaurada em diferentes épocas, sendo a última recuperação em 2010. 



Capela de Nossa Senhora do Rosário: A construção dessa  capela deve ter ocorrido após 1839, conforme registro de compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos do Arraial da Lapa em Ravena. 

Segundo contam, essa capela substituiu outra antiga, no mesmo local, que era dedicada a São Francisco. É bem provável que a data de 1813, que se lê no arco em madeira, seja da primeira capela. 




Santuário de Santo Antonio: A cada ano Roças Grandes se torna muito movimentada em 13 de junho, dia dedicado a Santo Antonio. Nesse dia muitas pessoas se aglomeram junto ao Santuário de Santo Antonio, para assistir as celebrações em homenagem ao santo. Fieis abençoam um pãozinho e guardam na dispensa em casa. Diz a tradição que isso afasta o perigo da fome...  




A história do santuário começou em 1674, época em que o bandeirante Borba Gato chegou na região. Por ser uma terra fecunda para a plantação, a região ficou conhecida como Roças Grandes.

Devoto de Santo Antonio, Borba Gato mandou construir uma capela primitiva em honra do santo. Em 1810 a capela passou por uma reforma, porém devido ao seu mal estado e o risco de desabar, a capela foi demolida.

Em seu lugar, no ano de 1915 teve início a construção de uma nova igreja, que hoje é considerada como o ponto de maior devoção ao Santo Antônio em Minas Gerais.



Igreja de Santo Antonio de Pompeu: A pequena igreja do Pompéu, é uma das mais bonitas de Sabará. Foi erguida em meados de 1731 por Antonio do Pompéu, que deu seu nome à região. O adro da igreja é cercado por um muro baixo de pedra, tendo em sua parte externa, o cemitério e o suporte de madeira que sustenta o sino. 




Em seu interior o forro em painéis, com pinturas relativas aos milagres de Santo Antônio, contrastam com a sua simplicidade exterior. Porém essa igreja permanece fechada e só abre mediante agendamento prévio.




Festival de Ora-pro-nobis: Uma boa época para visitar o bairro Pompéu é o mês de maio, quando é realizado o Festival de Orapronobis.  

A planta que tem as características de um cacto, com muitos espinhos, é rica em ferro e ajuda a curar anemias das mais graves. 

Recentemente pesquisas revelaram que as propriedades da Pereskia aculeata ajuda no tratamento do câncer. Possui 25,4% de proteínas, contendo também vitaminas A, B e C e minerais como cálcio e fósforo.




Além de degustar as delícias em diversos tipos de pratos, como carnes, pães e massas feitos com Ora-pro-nobis, também é uma boa oportunidade para aprender as inúmeras receitas em sua oficina gastronômica.

O Festival estimula a produção da planta, chamada "carne dos pobres", que passa da cozinha de fogão de lenha para chegar à gastronomia elitizada. (Leia mais sobre Ora-pro-nobis em meu blog Cozinha da tia Lucinha.blogspot.com)

Segundo uma antiga lenda, o nome da planta surgiu quando fieis trabalhavam na roça. Enquanto o pároco da igreja rezava a ladainha, os fiéis respondiam: Ora-pro-nobis, que quer dizer Rogai por nós..




Nenhum comentário:

Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

Seguidores