quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fernando de Noronha, um pedaço do paraiso



Fernando de Noronha, um arquipélago brasileiro com 21 ilhas e ilhotas, é o local perfeito para mergulho e para acreditar que existem paraisos terrestres. Sua principal ilha e também a única habitada tem 17 km² e está a localizada no oceano Atlântico distante 545 km da costa do estado de Pernambuco.   






Na ilha há 3 operadoras de mergulho que acompanham os visitantes. Suas águas quentes permitem mergulhos a uma profundidade de 30 a 40 metros sem roupa de neoprene. Além disso, há interessantes pontos de mergulho livre como a piscina natural do Atalaia, o naufrágio do Porto de Santo Antônio, a laje do Boldró dentre outros. Próximo a ilha pode-se fazer mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga a 62 metros de profundidade, que foi afundada naquele ponto intencionalmente após um acidente de navegação.






Planasub é um passeio também é conhecido como vôo submarino. É uma nova modalidade de mergulho segurando uma prancha presa a um barco através de um cabo de aproximadamente 5 metros. Com a utilização de equipamentos de mergulho pode-se observar a vida marinha existente de uma maneira descontraída. A diversão dura cerca de 2 horas.






Além dos mergulhos, há passeios de barco, trilhas e praias. São 16 praias, belas e diferentes. A areia da praia é uma surpresa: é macia e fofa, isso porque são formadas de resíduos vegetais e animais – conchas, ossos, penas e algas – como também de rocha vulcânica e calcária.





As praias são lindas. Uma delas é a Baía do Sancho, que tem águas claras e transparentes e é considerada é a praia mais bonita do Brasil. Isolada, coberta por vegetação nativa e limitada por uma alta falésia, é onde pássaros constroem seus ninhos, a areia é branca e o mar verde-esmeralda.





Aproveite e faça as trilhas.  A pequena Baía dos Porcos,  com pedras, água na cor verde esmeralda  e deliciosas piscinas naturais, é simplesmente maravilhosa. Porém, leve seu lanche e água, pois a caminhada é longa e lá não tem nenhuma infraestrutura. 





Do alto do Mirante dos Golfinhos tem-se uma vista simplesmente maravilhosa. De fevereiro a junho duas cachoeiras se formam a partir da água da chuva e jorram de cima de um precipício. Mas também é a época da desova das tartarugas marinhas e a visita é proibida quando anoitece. 





A praia Cacimba do Padre é uma das mais famosas por sua paisagem e pelas ondas perfeitas para o surf. Em algumas época do ano existem campeonatos de surf reunindo os principais nomes do país e do mundo nesse esporte. De dezembro e junho fica interditada ao anoitecer por causa da desova das tartarugas. 






O arquipélago tem uma diversificada vida marinha, sendo comum observar diversas espécies de peixes de recife, tartarugas, golfinhos e tubarões. Do mirante da Baía dos Golfinhos pode-se observar os golfinhos em seu ambiente natural. 

Um dos espetáculos mais bonitos da ilha é ver diariamente ao nascer do sol, quando grupos de golfinhos rotadores deslocam-se para o interior da baía, uma área de águas calmas e protegidas. 

Eles utilizam esta área para o descanso, reprodução e cria, e à tarde deslocam-se para se alimentar de pequenos peixes e lulas em alto-mar. Este é o único local onde ocorre concentração de golfinhos rotadores em todo o Oceano Atlântico.






A Baía do Sueste faz parte do Parque Nacional Marinho de Noronha.  É uma área de alimentação de tartarugas e por esse motivo é obrigatório o uso de colete para auxiliar na flutuação, evitando, assim, que se fique de pé dentro d’água. 

A proibição de circulação de embarcações e mergulho na enseada foi estabelecida há quase 30 anos como medida de proteção para que seja possível a conservação desses animais. Também foi criada uma lei que proibe a caça, captura e molestamento de todas as espécies de golfinhos, botos e baleias em águas brasileiras.






As tartarugas são observadas a partir de novembro na superfície da água, quando os machos adultos disputam as fêmeas, dando início ao período de reprodução no arquipélago. Durante os meses de chuva ao anoitecer, de dezembro a maio, as fêmeas sobem às praias para depositar os ovos que incubam durante 50 dias.

Ao mergulhar no ambiente marinho da área do Parque pode-se observar tartarugas-de-pente, espécie ameaçada devido à pesca para a confecção de óculos, pentes e bijouterias. A tartaruga-de-pente, que chega a 1metro de comprimento, utiliza o arquipélago apenas como local de crescimento a alimentação.

Sua origem e suas rotas migratórias são desconhecidas pelos pesquisadores. O Centro Nacional de Conservação e Manejo das Tartarugas Marinhas - Projeto Tamar, zela pela proteção dos ovos e ambientes de reprodução avaliando a população das tartarugas que são protegidas no Brasil por um Decreto-Lei, que proibe a captura, pesca e molestamento de todas as espécies em águas brasileiras.






Em todas a área podem ser encontradas espécies tipo pelicanos. Nas matas vivem o Passarinho Sebito e ali podem ser encontradas as cobras de duas cabeças. Diversas aves se concentram nas ilhas, como a Viuvinha branca e o Trinta reis de manto negro.

Algumas aves que podem ser vistas no arquipélago são migratórias de longo percurso, que vem do hemisfério norte e param ali para descansar e alimentar. São doze espécies de Maçaricos, Batuíras e o Vira pedra.





Perto da vila está a Praia do Cachorro. Ela recebeu esse nome devido a uma fonte com a cara de um cachorro.  Há também outras praias, cada uma com uma beleza natural diferente e especial, como a Praia da Conceição, a Praia do Americano, a Praia do Leão e a famosa Praia do Atalaia.







A Praia do Porto de Santo Antônio é usada como porto de descarga de embarcações e embarque/desembarque de passageiros.  Também é o local de onde saem as embarcações de pesca e de turismo. Há uma embarcação grega naufragada no porto.  Como esse naufrágio é bem próximo à praia, dá pra conferi-lo de snorkel. Nessas imediações também encontra-se a Enseada dos Tubarões, o Museu do Tubarão e a Capelinha de São Pedro.  






O arquipélago foi uma das primeiras terras descobertas do novo mundo. Recebeu o nome de Fernando de Noronha por ter sido explorada com financiamento do fidalgo português Fernando de Loronha. No entanto, ele jamais conheceu a ilha.

Abandonada por mais de dois séculos e situada na rota das grandes navegações, foi invadida pelos holandeses no século 17 e pelos franceses no século 18 que a chamavam Ile Delphine devido à grande quantidade de golfinhos naquela área. Sendo uma área vulnerável, os portugueses que naquela época dominavam o Brasil, edificaram diversas fortalezas na área.






Nessa mesma época o arquipélago foi transformado em um presídio para condenados a longas penas. Os presidiários eram usados como mão-de-obra para as construções de fortalezas e estradas. Para evitar as fugas e esconderijos de presos, a vegetação original foi sendo derrubada o que alterou o clima do arquipélago. Por essa razão, somente em alguns locais da ilha pode ser vista um pouco da cobertura vegetal original.





Em 1938 o Arquipélago se tornou um presídio político e durante a 2a. Guerra Mundial foi um ponto de apoio da Marinha Norte Americana. Posteriormente a presença americana instalou um Posto de observação de mísseis teleguiados. Desde 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho e a Área de Proteção Ambiental estadual. Em 13 de dezembro de 2001, a UNESCO considerou o arquipélago "Sítio do Patrimônio Mundial Natural".






O Atol das Rocas, a 145 km de Fernando de Noronha, é um maravilhoso refúgio ecológico, protegido e isolado em alto mar. A 270 km da costa brasileira, é um lugar de difícil acesso e um dos poucos recantos do planeta ainda regidos apenas pelas leis da natureza.






Ilustres cientistas visitaram os arquipélagos brasileiros, como o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução das Espécies que em 1832 empreendeu uma viagem ao arquipélado atraído pela sua grande biodiversidade. Ilustres pintores como Debret e Laissaily, registraram esses paraísos em tela, imagens que se pode apreciar das belíssimas pousadas que tem uma vista exuberante para o mar.






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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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