Situada na Amazônia às margens do Rio Amazonas, a cidade de Macapá é a única capital da Terra cortada pela Linha do Equador. Nessa cidade o calor é escaldante. O clima na região é equatorial e, embora os termômetros possam marcar 35º, a sensação térmica é de 45º.
Marco Zero
O monumento Marco Zero, um obelisco de 30 metros de altura, tem uma abertura no alto, permitindo apreciar a luz do Sol projetando um feixe de luz, que recai exatamente sobre a linha do equador.
Estando exatamente na latitude zero, que marca o limite entre o hemisfério Sul do hemisfério norte, a cidade tem o privilégio de assistir o fenômeno do equinócio em seu Relógio do Sol, que marca o início das estações nos Hemisférios Sul e Norte.
Em 20 de março acontece o Equinócio do Outono no Hemisfério Sul, enquanto no Hemisfério Norte acontece o Equinócio da Primavera. Por sua vez, entre 22 e 23 de setembro ocorre o Equinócio da Primavera no Hemisfério Sul, enquanto acontece o Equinócio do Outono no Hemisfério Norte.
Acesso
Macapá é a única capital do Brasil que não se liga a outras capitais do Brasil através de rodovias. Apenas dentro do estado existem rodovias que interligam as cidades.
O acesso mais fácil entre estados e a capital é feito somente por barco ou avião. Aliás, o acesso aéreo é o mais recomendado. Além de ser mais confortável e seguro, também é mais rápido, pois a viagem de barco partindo de Belém demora mais de 25 horas para chegar até Macapá.
Trapiche Eliezer Levy
Por muito tempo o Trapiche Eliezer Levy foi o ponto de chegada e saída da cidade, que inspirou muitos poetas. Construído em 1940, recentemente o trapiche vem passando por reformas.
Com seus 360 metros de extensão, o trapiche oferece um bondinho elétrico para transporte de turistas. Partindo da estação de embarque, os passageiros desembarcam na área coberta, onde há uma pequena praça com restaurante e sorveteria.
Pedra do Guindaste
Antes do trapiche as embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, um marco histórico que é o monumento mais antigo da cidade.
Situada ao lado do trapiche e a cerca de 300 metros da margem do rio Amazonas, a pedra original foi derrubada pela colisão de um barco em 1973.
Em seu lugar foi construído um bloco de concreto e sobre ele foi colocada uma imagem de São José - o padroeiro da cidade.
Museu Histórico Joaquim Caetano
Uma excelente opção para conhecer a história de Macapá é visitar o Museu Histórico Joaquim Caetano, que se encontra bem perto da entrada do Trapiche. Consta que os primeiros habitantes do Amapá foram os indígenas das etnias Waiãpi, Palikur, Maracá-cunani e Tucuju. Existem vestígios da ocupação humana que ocorreu há pelo menos 2000 anos.
Antes de receber o nome Macapá, a cidade era chamada como Adelantado de Nueva Andaluzia, nome dado em 1544 pelo rei da Espanha Carlos V, numa concessão a Francisco de Orellana, navegador espanhol que esteve na região.
A partir de 1752 chegaram os primeiros povoadores portugueses, composto apenas de velhos, mulheres e crianças de origem açoriana. Colonos portugueses foram tomando posse das terras e vilas foram fundadas junto às fortificações militares.
Assim surgiu em 1758 a Vila de São José de Macapá, que posteriormente passou a ser chamada apenas de Macapá. Esse nome tem origem na língua indígena Tupi, que significa "lugar de muitas macabas ou bacabas", uma espécie de palmeira nativa da região.
Fortaleza de São José
A fortaleza é um dos principais pontos turísticos de Macapá. Situada às margens do Rio Amazonas, é uma das maiores referências da história de Macapá.
Erguida entre 1764/1782, teve no passado a função de garantir o domínio lusitano no extremo norte do Brasil.
Vista de cima, a Fortaleza assemelha-se a uma estrela, tendo quatro baluartes que foram nomeados como Madre de Deus, São Pedro, Nossa Senhora da Conceição e São José.
Suas altas muralhas feitas de pedras contrastam com as torres vigias e sua majestosa entrada pintadas de branco.
Em seu interior encontram-se os prédios que abrigavam os antigos armazéns, capela, casa de oficiais, paiol e hospital, espalhados numa área extensa de quase 30.000 metros quadrados.
Praça do Forte
Ao lado da fortaleza foi construído uma grande área de lazer arborizada. Devido ao calor escaldante na cidade durante quase o ano ano, o parque às margens do Rio Amazonas é a opção ideal para descansar nos finais de semana.
Praça Veiga Cabral
Além da Praça do Forte, em Macapá há várias praças, que além de servir como área de lazer, também fazem parte de acontecimentos históricos.
Uma delas é a Praça Veiga Cabral, que foi a primeira praça de Macapá e onde foi lançada a primeira pedra fundamental da Igreja de São José de Macapá.
Situada no Bairro Central, junto à essa praça encontra-se além da Igreja São José, a Biblioteca Pública, o Teatro das Bacabeiras, o Museu Joaquim Caetano, o Complexo Beira Rio, com sua área de amplo comércio e muitos restaurantes.
Igreja São José de Macapá
Inaugurada em 1761, a Igreja de São José é o prédio mais antigo da cidade. A simplicidade está na parte externa, mas também na parte interna. Além dessa, há outras igrejas católicas e muitas igrejas evangelicas.
Teatro das Bacabeiras
Bem próximo à igreja está o Teatro das Bacabeiras, um prédio lindo e moderno que foi inaugurado em 1990. Em sua estrutura arrojada, há sempre uma ampla programação.
Seguindo o modelo italiano, tem capacidade para 705 pessoas. Em sua fundação foi denominado Cine Teatro de Macapá e somente em 1992 passou a ser o Teatro das Bacabeiras, como hoje é conhecido.
Casa do Artesão
Um destaque nessa área fica por conta da Casa do Artesão, um complexo lindo onde pode-se encontrar artesanatos de todos os tipos, desde pequenos vasos, esculturas em madeiras, roupas e até móveis feito de restos de árvores.
Também pode-se encontrar o artesanato indígena, feito pelos povos Waiãpi, Karipuna, Palikur, Galibi, Apari, Waina, Tirió e Kaxuyana, que utilizam argila, vime, fibras vegetais e sementes na confecção das peças.
Se houver oportunidade, visite o Centro de Cultura Negra. Rodeado de história e informação sobre a cultura negra, frequentemente acontecem palestras e atividades, que tem por objetivo a promoção da igualdade racial.
Museu de Arqueologia e Etnografia
Nas imediações também encontra-se o Museu de Arqueologia, que mantém uma exposição de artefatos, peças e utensílios usados pelos povos que habitavam o Amapá.
Urnas funerárias antropomorfas, vasos/cerâmicas também estão para exposição. Instalado numa discreta construção, em seu interior há peças valiosas.
Museu Sacacá
O Museu Sacaca é oficialmente o Centro de Pesquisas Museológicas Museu Sacacá, uma instituição cultural e científica subordinada ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá.
Inaugurado em 1997 e situado próximo ao centro da cidade, em uma extensa área de aproximadamente 21.000 metros quadrados, o museu tem por objetivo reunir pesquisas abrangendo o saber científico e o saber popular dos povos amazônicos.
Além de exposições e atividades didáticas, tem o destaque o maior o circuito expositivo a céu aberto. Os principais ambientes amazônicos sçao retratados, havendo ainda o modo de vida das comunidades tradicionais do Amapá.
Compõem o circuito expositivo: a Casa dos Índios Waiãpi, a Casa dos Índios Palikur, o Barco Regatão, o Sítio Arqueológico do Maracá, a Praça do Pequeno Empreendedor Popular, a Praça do Sacaca, a Casa da Farinha, a Casa da Fitoterapia e a Casa dos Ribeirinhos. O rio serve para estudos sobre recursos hídricos e potencial pesqueiro.
Bioparque da Amazônia
Em 2019 foi reinaugurado o antigo Parque Zoobotânico de Macapá, renomeado como Bioparque da Amazônia. Instalado numa área de 107 hectares, integra ecossistemas e busca o desenvolvimento sustentável e inovação em pesquisa científica.
Criado em 1973 como Parque Florestal da Cidade, ficou fechado por muitos anos para fazer algumas adequações. O novo complexo agora possui diversas trilhas de diferentes níveis de dificuldade, amplo espaço para piqueniques.
No local encontra-se ainda um orquidário, trilha aquática, tirolesa e o ecótono, que é uma área de transição entre os ecossistemas: a mata de terra firme, o cerrado e a ressaca.
Lagos Curiaú, Ambé e Lagoa dos índios
Belos panoramas se formam nos Lagos Curiaú, Ambé e na Lagoa dos Índios, onde as garças brancas fazem contraste com os campos verdes alagados e a vegetação aquática.
Aliás, Macapá é a morada ideal para garças, mas também para flamingos, tucanos, guarás, tartarugas marinhas e muitos outros animais que dão um colorido especial ao verde da floresta.
Os balneários prometem um dia de lazer agradável junto à natureza. Essas são opções para quem deseja fugir dos parques aquáticos, geralmente com excesso de público.
Passeios aquáticos
Os passeios aquáticos são surpreendentes, podendo ser uma experiência única, nos rios que fazem parte da maior bacia hidrográfica do mundo. Junto à orla de Macapá o rio Amazonas é tão largo, que mais parece um mar.
Passando pela capital ou dando voltas pelas ilhas próximas, os tours pelo rio são muito populares. A partir do Porto de Santana, a 28 km de Macapá, existe uma variedade de passeios de barco pelas ilhas do Rio Amazonas, incluindo a ilha de Marajó, os igarapés e os estreitos canais entre as ilhas.
No entanto, quem contrata um passeio deve estar atento às condições da embarcação, assim como com equipamento de segurança, salva-vidas e observar a lotação máxima, pois são comuns naufrágios nesses trechos.
Flor de Samaúma
O empreendimento “Flor da Samaúma” é mais uma opção de passeio de barco, que mostra o potencial do ecoturismo. Localizado na Área de Preservação Ambiental (APA) do Quilombo do Curiaú, está a apenas 30 minutos do centro da cidade.
Na volta do passeio de barco os turistas são convidados a degustar o café feito com o caroço de açaí e se deliciar com o biscoito de castanha, produtos da floresta amazônica. . O local de embarque é no Porto Mocambo (APA do Curiaú).
Trilha na Revecom
Sendo a natureza o grande ponto forte de Macapá, não poderiam faltar os passeios naturais e ecológicos. As trilhas e passeios por terra são encantadores e enriquecedores, pela oportunidade de conhecer mais sobre a vida das florestas.
A Reserva Particular Revecom promove o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente no Amapá, envolvendo a comunidade em programações especiais.
Uma delas é a Trilha Maracá, uma visita guiada que frequentemente leva alunos para conhecer sa diversidade e a importância da fauna e flora local.
O passeio, próximo do Rio Amazonas e da Ilha de Santana, é super tranquilo e uma verdadeira aula prática de ciências da natureza. Para fazer esse passeio basta agendar com antecedência.
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