Conta uma lenda, que há muito tempo na Serra da Canastra existia uma grande tribo indígena onde vivia uma linda cabocla chamada Iati. Com o início de uma grande guerra no norte, todas as tribos do sul foram convocadas e o noivo de Iati partiu entre os guerreiros. Mas eles eram muitos e seus passos afundaram no sulco do Cerrado. Iati, triste e desolada, chorou copiosamente até os últimos dias de sua vida. Suas lágrimas desesperadas formaram a Cachoeira de Casca Dantas e seguiram o sulco afundando pelos passos dos guerreiros formando o Rio São Francisco.
Historicamente descoberto em 1501 por Américo Vespúcio, o rio recebeu o nome de São Francisco em homenagem ao santo festejado naquele dia, 04 de outubro. O Rio São Francisco, um dos mais importantes do Brasil, nasce em Minas Gerais na Serra da Canastra que por ter o formato de um baú, originou seu nome pois canastra é um tipo de baú antigo. É dali que o rio atravessa todo o estado de Minas Gerais, corta o estado da Bahia, percorre pela divisa de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, indo desaguar no oceano Atlântico.
Carinhosamente chamado de "Velho Chico", suas condições naturais propiciaram a construção de 5 usinas hidroelétricas que geram energia elétrica para grande parte do Brasil mas é a sua história que criou lendas, folclores e superstições, principalmente onde o rio se torna navegável em Pirapora. Dizem que parte da tribo dos índios Cariris teria subido o Rio São Francisco pelo temor de aproximação com os homens brancos que chegavam ao litoral na época do descobrimento do Brasil. Aportando defronte a uma corredeira, estabeleceram uma aldeia onde hoje está a Praça Cariris no centro de Pirapora.
Pirapora na lingua indígena significa "lugar onde saltam os peixes", isto porque na época da piracema - período de reprodução - os peixes saltavam para vencer as corredeiras à procura de um local mais calmo para a desova. Com a chegada de garimpeiros, pescadores e aventureiros, o pequeno vilarejo foi crescendo e em 1871 a navegação a vapor chamou a atenção de empresários que viram aquele lugar propício para construir um galpão para estoque de algodão e venda de tecidos, era a Companhia Cedro e Cachoeira. Nunca mais Pirapora voltaria a ser a mesma, tornando-se uma das maiores cidades do norte de Minas.
À margem do São Francisco, Pirapora tem uma série de quedas d'águas de rara beleza, formando cachoeiras em veredas de rara beleza em trilhas que se estendem até Buritizeiro. No trecho das corredeiras do Rio São Francisco, uma represa forma duchas e piscina natural. A Praia de Pirapora, com suas águas que correm limpidas, é onde estão os quiosques, barzinhos, quadras de esportes e também acontecem os melhores eventos. Nas pequenas ilhas no curso do rio há acampamentos de turistas e é de onde se tem uma visão maravilhosa do rio e da ponte que faz a ligação de Pirapora a Buritizeiro.
Domingo é dia de passear de barco no rio São Francisco. Navegando pelas águas do Velho Chico a bordo do vapor Benjamim Guimarães, uma grande embarcação construída em 1913 nos Estados Unidos que já percorreu o Rio Mississipi, o percurso de 28 quilômetros é repleto de paisagens bucólicas. Casos e lendas fazem parte do roteiro, que começa às nove em ponto no porto de Pirapora. O Gaiola, apelido carinhoso do barco, cruza o rio com velocidade média de 13,5 quilômetros por hora e usa como combustível madeira de reflorestamento. Os piraporenses garantem que se trata do único barco a vapor do mundo, que ainda funciona com o maquinário original sem motor.
Considerada quanto mais feia melhor, as carrancas eram enfeites da proa dos barcos. Esculpidas em madeira, os terríveis monstros com rosto assustador tinham a função de espantar os mitos originários do Rio São Francisco, mau olhado, espírito presepeiro, mal-assombro e pescaria ruim. Em alguns locais elas são chamadas também de cara de pau ou leão de barca, porém a origem das carrancas parece ter sido para atender interesses comerciais.
Visto que as populações ribeirinhas dependiam dos suprimentos transportados no rio, os proprietários das embarcações disputam o prestígio de atendê-los. A originalidade do primeiro enfeite de proa teria despertado outros donos de embarcações a criarem as carrancas para chamar atenção e fazer frente à concorrência dos vapores que transitavam no rio. De ornamento das barcas passou-se a atribuir a essas curiosas figuras de proa a função mágica de afugentar maus espíritos. A figura totêmica serviu de inspiração para narradores fantasiosos criarem inúmeras estórias.
As carrancas do São Francisco se tornaram uma manifestação artística característica da região e embora já não sirvam de enfeite nas embarcações, muitas são esculpidas por artistas primitivos que as colocam à venda aos turistas. Os carranqueiros de Pirapora perpetuam através da arte de talhar a madeira, a história e a cultura dos povos ribeirinhos. A tradição carranqueira de Pirapora é preservada na Casa do Artesão que exibe, além das carrancas, miniaturas de navios, santos, cinzeiros, pilões e muitos outros objetos criadas em madeira.
Historicamente descoberto em 1501 por Américo Vespúcio, o rio recebeu o nome de São Francisco em homenagem ao santo festejado naquele dia, 04 de outubro. O Rio São Francisco, um dos mais importantes do Brasil, nasce em Minas Gerais na Serra da Canastra que por ter o formato de um baú, originou seu nome pois canastra é um tipo de baú antigo. É dali que o rio atravessa todo o estado de Minas Gerais, corta o estado da Bahia, percorre pela divisa de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, indo desaguar no oceano Atlântico.
Carinhosamente chamado de "Velho Chico", suas condições naturais propiciaram a construção de 5 usinas hidroelétricas que geram energia elétrica para grande parte do Brasil mas é a sua história que criou lendas, folclores e superstições, principalmente onde o rio se torna navegável em Pirapora. Dizem que parte da tribo dos índios Cariris teria subido o Rio São Francisco pelo temor de aproximação com os homens brancos que chegavam ao litoral na época do descobrimento do Brasil. Aportando defronte a uma corredeira, estabeleceram uma aldeia onde hoje está a Praça Cariris no centro de Pirapora.
Pirapora na lingua indígena significa "lugar onde saltam os peixes", isto porque na época da piracema - período de reprodução - os peixes saltavam para vencer as corredeiras à procura de um local mais calmo para a desova. Com a chegada de garimpeiros, pescadores e aventureiros, o pequeno vilarejo foi crescendo e em 1871 a navegação a vapor chamou a atenção de empresários que viram aquele lugar propício para construir um galpão para estoque de algodão e venda de tecidos, era a Companhia Cedro e Cachoeira. Nunca mais Pirapora voltaria a ser a mesma, tornando-se uma das maiores cidades do norte de Minas.
À margem do São Francisco, Pirapora tem uma série de quedas d'águas de rara beleza, formando cachoeiras em veredas de rara beleza em trilhas que se estendem até Buritizeiro. No trecho das corredeiras do Rio São Francisco, uma represa forma duchas e piscina natural. A Praia de Pirapora, com suas águas que correm limpidas, é onde estão os quiosques, barzinhos, quadras de esportes e também acontecem os melhores eventos. Nas pequenas ilhas no curso do rio há acampamentos de turistas e é de onde se tem uma visão maravilhosa do rio e da ponte que faz a ligação de Pirapora a Buritizeiro.
Domingo é dia de passear de barco no rio São Francisco. Navegando pelas águas do Velho Chico a bordo do vapor Benjamim Guimarães, uma grande embarcação construída em 1913 nos Estados Unidos que já percorreu o Rio Mississipi, o percurso de 28 quilômetros é repleto de paisagens bucólicas. Casos e lendas fazem parte do roteiro, que começa às nove em ponto no porto de Pirapora. O Gaiola, apelido carinhoso do barco, cruza o rio com velocidade média de 13,5 quilômetros por hora e usa como combustível madeira de reflorestamento. Os piraporenses garantem que se trata do único barco a vapor do mundo, que ainda funciona com o maquinário original sem motor.
Considerada quanto mais feia melhor, as carrancas eram enfeites da proa dos barcos. Esculpidas em madeira, os terríveis monstros com rosto assustador tinham a função de espantar os mitos originários do Rio São Francisco, mau olhado, espírito presepeiro, mal-assombro e pescaria ruim. Em alguns locais elas são chamadas também de cara de pau ou leão de barca, porém a origem das carrancas parece ter sido para atender interesses comerciais.
Visto que as populações ribeirinhas dependiam dos suprimentos transportados no rio, os proprietários das embarcações disputam o prestígio de atendê-los. A originalidade do primeiro enfeite de proa teria despertado outros donos de embarcações a criarem as carrancas para chamar atenção e fazer frente à concorrência dos vapores que transitavam no rio. De ornamento das barcas passou-se a atribuir a essas curiosas figuras de proa a função mágica de afugentar maus espíritos. A figura totêmica serviu de inspiração para narradores fantasiosos criarem inúmeras estórias.
As carrancas do São Francisco se tornaram uma manifestação artística característica da região e embora já não sirvam de enfeite nas embarcações, muitas são esculpidas por artistas primitivos que as colocam à venda aos turistas. Os carranqueiros de Pirapora perpetuam através da arte de talhar a madeira, a história e a cultura dos povos ribeirinhos. A tradição carranqueira de Pirapora é preservada na Casa do Artesão que exibe, além das carrancas, miniaturas de navios, santos, cinzeiros, pilões e muitos outros objetos criadas em madeira.
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