Com uma faixa litorânea de 7 km, Arembepe está dividida em 5 praias, sendo as mais conhecidas a de Piruí e a do Porto, principalmente devido às piscinas naturais. A praia tem muitas rochas que formam cachoeirinhas e quando a maré está enchendo é fascinante ver o impacto das águas nas rochas que formam as piscinas naturais.
Outra atração de Arembepe é o Rio Capivara. O Açu do Capivara é um trecho de rio onde se pode refrescar em suas águas limpas e também um ponto para pescaria. Para quem gosta de uma boa trilha, a dica é atravessar o Capivara de canoa e seguir pelos inúmeros caminhos, sendo indispensável a presença de guias.
Em Arembepe existe uma aldeia hippie instalada ali desde 1970, um reduto com cabanas rústicas construídas com madeira e palha, sem energia elétrica e sem o conforto da vida moderna. Mas para quem mora ali pouco importa, o que importa é a paz e a beleza natural. Por ali não circulam carros e o acesso é feito caminhando, por isso o lugar é bem preservado.
Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, quando os hippies defendiam o amor livre e a não violência. Adeptos do pacifismo e, contrários à guerra do Vietnã, participaram de algumas manifestações anti-guerra dos anos 60. Ir contra qualquer tipo de manifestação política também faz parte da cultura hippie, que privilegia muito mais o bem estar da alma e do indivíduo.
Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura principal, porém muito pouco da sua essência. A grande imprensa perdeu seu interesse na subcultura hippie como tal, apesar de muitos hippies terem continuado a manter uma profunda ligação com a mesma. Como os hippies tenderam a evitar publicidade após a era do Verão do amor e de Woodstock, surgiu um mito popular de que o movimento hippie não mais existia.
O movimento hippie ainda existe em comunidades mundo afora e ainda hoje, muitos buscam festivais que proporcionam encontros para celebrar a vida e o amor, como no Peace Fest. Pelas ruas de Arembepe, gente de várias nacionalidades e um emaranhado de línguas estrangeiras se misturam aos mais variados sotaques brasileiros, criando uma miscelânea cultural que combina com a simplicidade do vilarejo.
Na aldeia existe um centro de artesanato, restaurante, escola e 40 cabanas. As moradias ainda oferecem estadias para turistas e espaços para camping. Os preços das diárias são baixos e variam entre R$ 10 e R$ 30. Mas o que atrai mesmo gente de fora é o clima de liberdade típico do movimento hippie das décadas de 60 e 70. Já estiveram na Aldeia de Arembepe.: Mick Jagger, Janis Joplin, Roman Polanski, Caetano Veloso, Raul Seixas e tantos outros que foram relaxar suas mentes por essas praias baianas.
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